O intuito deste trabalho é propor uma reflexão acerca da abordagem as diferentes formas de expressões de sexualidade. Discutir sexualidade entretece-se diretamente com fatores sociológicos, científicos e políticos.
Com a descaractização do ato sexual exclusivamente para reprodução, onde a sexualidade feminina era secundarizada, ideia ainda perpetuada pela igreja, mulheres e pessoas com útero passaram a ter maior liberdade sobre seus corpos. Vivenciar o prazer e a sexualidade feminina de forma saudável, sem estigmas sociais, se fortalece através de conhecimento sobre si e suas preferências. Ações de saúde reprodutiva e sexual, atividades normalmente focadas em saúde reprodutiva e principalmente no ciclo gravídico-puerperal e além disso possuem grande potencial no empoderamento feminino, seja no aconselhamento de métodos contraceptivos ou de orientações para concepção e outros temas que permeiam a vida sexual.
Durante o atendimento é importante que o profissional conduza o atendimento de modo que a valorizar as singularidades e que a pessoa se sinta confortável e tenha sua autonomia respeitada. Para isto o profissional deve estar apropriado das melhores condutas e sempre baseando a sua prática em fundamentos, considerando que a sexualidade transcende conceitos como a dicotomia de gêneros, heteronormatividade, raça/etnia e classe social. Neste contexto, profissionais, sejam enfermeiros ou médicos, durante o atendimento a esse público deve informar e empoderar tais pacientes em suas encolhas sem vieses, crenças ou julgamentos para que se sintam seguras e tenham apropriamento em suas decisões. A crescente necessidade de debates acerca de sexualidade sem reproduzir preconceitos e discriminações é necessária para evocar questionamentos sobre o ato de exercer sexualidade. Sem produzir contestações sobre essas concepções estabelecidas não haverá possibilidade dissidiar os dogmas já fortemente estabelecidos.
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