Apresentação: As atividades lúdicas atingem as crianças com relevância sobre os mais diversos assuntos, pois as mesmas são multiplicadoras de informações e compartilham saberes com a família e amigos. Neste contexto, foi planejado um teatro para difundir conhecimento sobre a vacinação, higiene bucal e corporal. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da atividade desenvolvida com crianças de uma Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) do território de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) de um município do norte gaúcho. Desenvolvimento do trabalho: Durante a verificação das carteiras de vacinação de crianças estudantes de uma EMEI do território da ESF de campo prático, encontrou-se a necessidade de realizar uma atividade recreativa que abordasse a vacinação, a fim de gerar aumento da cobertura vacinal. Em reunião com professores, emergiu-se a demanda relacionada à higiene bucal e corporal para este público. Assim, foi planejado um teatro com fantoches de fácil entendimento, para crianças de 4 a 6 anos, onde se abordou a história da Sarah, uma menina resistente a realizar higiene e cuja carteira de vacinação estava sem registros, porque não foi vacinada. A equipe multiprofissional e agentes comunitários de saúde auxiliaram na organização. Enfatizou-se esta faixa etária visto que caracteriza-se como fase de desenvolvimento de habilidades intelectuais e sociais, abordando ainda o tema de forma instrutiva e divertida. Dessa forma, há maior facilidade na captação e transmissão dos conhecimentos obtidos. Resultados: A peça teatral teve adesão da escola e participação das crianças envolvidas, totalizando 280 alunos. Espera-se que esta atividade conduza o aumento nas coberturas vacinais e a diminuição do movimento que surge contra as vacinas, que estão ressurgindo doenças já erradicadas, como por exemplo: paralisia infantil e incidência de outras doenças como a influenza, hepatite B, dentre outras. Além disso, acredita-se que a temática sobre higiene bucal e corporal possa ser absorvida pela população infantil envolvida, expandindo novos hábitos para o ambiente familiar e escolar. Considerações finais: Diante do que foi exposto, podemos concluir que através da atividade lúdica é possível aproximar as crianças dos profissionais e espaços de saúde, diminuindo o medo e as emoções negativas relacionadas a este espaço. Além de contribuir no cuidado da saúde destes, estas ações podem estimular o autocuidado, bem-estar sobre os benefícios e compartilhamento de informações que repercutirá no aprendizado sobre sua saúde.