Educação em saúde para prevenção da desidratação em idosos:Relato de Experiência

  • Author
  • Gabriel Ferreira de Brito
  • Co-authors
  • Adriane Gama de Lima
  • Abstract
  • Apresentação: A desidratação pode ser definida como a redução significativa da porcentagem de água corporal, quando o organismo apresenta a condição de ter uma quantidade insuficiente ou baixa de hidratação é conhecida como hipohidratação. Manter um nível de hidratação ideal e fundamental em todas as fases da vida, mas devemos redobrar a atenção aos idosos considerando os diversos fatores que os colocam como mais vulneráveis como o uso contínuo de medicamentos a diminuição da sensação da sede como um dos principais causadores da desidratação. O norte do Brasil é caracterizado pelo clima tropical marcado por temperaturas elevadas, aumentando consequentemente os riscos da desidratação.

    Os eventos de calor devem ser levados a sério como um risco crescente para a saúde e os governos federal, estadual e local, pois é notório o grande número de admissão relacionado à desidratação em principalmente em regiões mais quentes do Brasil sendo os mais afetados os idosos onde na maioria das vezes tem a necessidade de internação. As instituições de saúde e de assistência, têm o dever de reforçar as medidas existentes ou tomar novas medidas para minimizar os riscos, assim evitando a admissão de pacientes por desidratação.  Apoiando o desenvolvimento de estruturas resilientes, é crucial disseminar o conhecimento sobre a importância da hidratação entre os idosos e suas famílias, tanto em comunidades quanto em ambientes hospitalares.induzindo assim o autocuidado para os ouvintes a fim de que reconheçam que se manter os níveis de desidratação abaixo do necessário podem ocasionar problemas de saúde a curto e longo prazo. O objetivo deste estudo é compartilhar a experiências dos estudantes de Enfermagem em um projeto de extensão voltado para idosos que busca a inclusão e superação de problemas na terceira idade por meio da educação em saúde de idosos em uma universidade no Amazonas.

    Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado por Acadêmicos de Enfermagem de Manaus realizado no segundo semestre de 2023. Com idosos que fazem parte de um projeto que busca contribuir para a superação de problemas relacionados à  inclusão e a qualidade de vida de pessoas acima de 60 anos. Durante a ação educativa o tema foi abordado por meio de palestra utilizando slides com ênfase nos sinais, sintomas e formas de prevenir a desidratação. Após a palestra foi realizado feedback dos participantes, por meio de perguntas realizadas, avaliando a eficácia da intervenção, além de colaborar com a melhoria da qualidade de vida e socialização dos integrantes.

     

    Resultados: Durante a palestra observou-se através dos ouvintes que grande parte tinham conhecimento de que a idade era um fator que favorece o risco da desidratação, também foi relatado que ingeriam menos quantidade líquidos Essa subestimação da ingestão de água pode contribuir significativamente para o desenvolvimento de hiponatremia nessa população, destacando a importância da conscientização sobre a hidratação adequada entre os idosos.

    Durante a palestra grande parte dos ouvintes relataram fazer uso de medicação caseira(chá, garrafadas, etc.) embora não se tenha muitas pesquisas comprovando a eficácia é importante conhecer sobre os efeitos dessas plantas, pois podem apresentar características diuréticas favorecendo as chances da desidratação podendo trazer mais malefícios do que benefícios também foi evidenciado que a grande maioria dos idosos estava desinformada sobre as consequências adversas da desidratação, assim como os sintomas que podem indicar esse estado preocupante. A desidratação aumenta o risco de condições como insuficiência renal, favorecendo a formação de cálculos renais e nos casos mais graves delírio e confusão, entre outros sintomas. 

    A hiponatremia é principal fator de risco na desidratação, onde surge principalmente devido à desidratação por perda de suor e ao consumo maior de líquidos com baixa concentração de eletrólitos. A região norte possui temperaturas elevadas, levando consequentemente a uma perda maior de líquidos e quando associado a baixos níveis de hidratação aumenta consideravelmente os risco de desequilíbrio eletrolíticos. Portanto, é crucial tanto para os habitantes de regiões quentes estejam atentos ao consumo adequado de líquidos, especialmente em períodos de calor intenso. Embora não exista um método para diagnosticar o nível de desidratação, embora haja bastante divulgação relacionando a cor da urina com a desidratação existe uma série de fatores que podem interferir como uso de medicamentos contínuos e infecções são alguns deles então devemos exercer cautela para evitar a subestimação da desidratação. Para manter a homeostase corporal é fundamental ter uma ingestão de líquidos adequada para prevenir a desidratação, a quantidade de água a ser ingerida pode ter diversos fatores que vão determinar a necessidade de cada pessoa como a idade, temperatura, peso entre outros. A criação de espaços de partilha e troca de saberes é essencial para o aprendizado, pois permite maior interação com os profissionais de saúde, favorecendo o pensamento crítico dos acadêmicos, o'fundamental na área da saúde

     

    Considerações finais: 

     

    A experiência vivenciada notou-se a importância da educação em saúde direcionados à terceira idade, visando não somente a prevenção de doenças, mas também o autocuidado e a saúde em geral. Fornecendo informações e orientação sobre a importância de se manter hidratado, a extensão desempenha um papel significativo na qualidade de vida e na redução de complicações de saúde, além disso, o ensino e aprendizagem envolvidos traz benéficos não somente para os ouvintes mas também para os acadêmicos, através da troca de conhecimentos e de experiência, favorecendo a formação de um pensamento crítico quanto ao autocuidado é importante destacar a existência de lacunas quanto a formas de diagnóstico da desidratação, onde são fundamentais pesquisas nessa área, pois existem diversos fatores que interferem no diagnóstico como uso de medicamentos, patologias entre outros. A capacidade de diagnosticar com precisão a desidratação é fundamental para garantir uma intervenção rápida e adequada, melhorando assim os resultados clínicos e a assistência ao paciente, pois existem diversas patologias que dificultam o diagnóstico da desidratação É importante ressaltar que, ao fornecer orientações sobre a quantidade adequada de líquidos a serem ingeridos, é essencial garantir que as informações sejam precisas e compreensíveis, pois o entendimento errado pode levar ao consumo exacerbado de líquidos podendo sobrecarregar o sistema renal levando a desequilíbrios eletrolíticos, portanto é necessária uma comunicação efetiva sobre o tema abordado.

     
     
  • Keywords
  • Educação em saúde, Desidratação, Envelhecimento
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
Back