Apresentação: A expansão do ensino superior em Instituições de Ensino Superior (IES), privadas, foi alavancado pela promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 1996. Nesse sentido, em 2001, com a implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) houve uma organização do processo de formação, definindo dentre outros tópicos, a obrigatoriedade do Estágio Curricular Supervisionado (ECS) em hospitais gerais e especializados, bem como, a sua carga horária e oferta nos períodos finais da graduação. Atendendo a estes critérios, o ECS ofertado aos estudantes no setor de Maternidade procura estar de acordo com os princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) e demais legislações vigentes no país, em busca de qualificar os futuros profissionais para atuação no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Este resumo objetiva apresentar a experiência vivenciada por um grupo de acadêmicos de Enfermagem durante o ECS em uma Maternidade situada na região da Grande Vitória, Sudeste do Espírito Santo. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência que descreve a vivência de um grupo de acadêmicos de Enfermagem realizando ECS hospitalar em uma Maternidade Municipal localizada em um município da Grande Vitória, estado do Espírito Santo, durante o período de Fevereiro a Abril de 2024, sob a orientação de um preceptor do mesmo núcleo de saber. Resultados e/ou impactos: Por meio do ECS foi apresentado aos acadêmicos a rotina de trabalho em uma Maternidade, de forma interdisciplinar, porém, com enfoque nas atribuições da profissão. O atendimento às parturientes tem início na recepção, local em que é necessário uma escuta ativa e sensibilidade para acolher tanto a paciente quanto seu familiar, de forma ética, aplicando os princípios basilares do SUS. Após esse processo inicial, a equipe de enfermagem avalia os parâmetros vitais, realiza as testagens para infecções sexualmente transmissíveis (IST), encaminha para avaliação médica e aguarda os direcionamentos para seguir com o atendimento. Sendo classificada como trabalho de parto ativo ou com algum critério que necessite de internação, as usuárias são direcionadas para o setor de pré-parto ou enfermarias (tratamento clínico). Nesse setor, os acadêmicos acompanham todos os estágios do trabalho de parto natural, bem como, aqueles que evoluem para parto cesariana, tendo assim, a oportunidade de fornecer uma assistência humanizada, garantindo a presença de um acompanhante de livre escolha. Após o parto, os estagiários assistem ao recém-nascido (RN) e à puérpera, proporcionando a Golden Hour, e, posteriormente os cuidados iniciais com o RN e a estadia em um alojamento conjunto. Considerações finais: Pode-se afirmar que a experiência adquirida ao longo do estágio tem vários impactos significativos na formação profissional, que transcende as atividades práticas, envolve o desenvolvimento de habilidades de comunicação, gestão, formação de vínculos profissionais, desafios éticos e emocionais, além, da importância da desmistificação do trabalho de parto vaginal e a importância da amamentação.