Uso da armadilha ovitrampa como estratégia de vigilância de vetores da dengue e febre amarela

  • Author
  • IANA VITÓRIA DIAS ALMEIDA
  • Co-authors
  • Giselle Moita de Aguiar , Estefanny Melém de Andrade , Marina Smidt Celere Meschede
  • Abstract
  • Com finalidade de avaliar a vigilância entomológica dos vetores de Dengue e Febre Amarela - Aedes aegypti e Aedes albopictus - em Santarém, estado do Pará, realizou-se um estudo de campo para avaliar a eficácia das ovitrampas como armadilhas para o monitoramento de oviposição. A região de estudo está localizada no bioma amazônico, apresenta clima tropical e é infestada por Aedes aegypti Aedes albopictus, espécies que conservam habitats silvestres, mas também coloniza criadouros artificiais urbanos. As armadilhas ovitrampas foram empregadas em diferentes locais do campus de uma universidade federal e em diferentes períodos sazonais (seco e chuvoso). A universidade apresenta uma intensa circulação de pessoas diariamente e um local com segurança para que as ovitrampas não fossem retiradas. Em cada período sazonal foram disribuídas 19 ovitrampas, sendo ao final das duas estações o total de 38 armadilhas utilizadas. Os locais foram selecionados a fim de garantir uma ampla distribuição das ovitrampas no campus da universidade. Foram selecionados locais abertos, fechados, as margens do rio Tapajós e próximo a árvores a uma altura de 1,50m do chão. Primeiramente, obteve-se folhas de Eucatex com medidas de 13cm de comprimento e 3cm de largura cada palheta, na qual foi instalada em potes plásticos de 300mL cor preta identificados, que recebera uma solução atrativa, 30% de feno e 70% de água de torneira e 1mL de larvicida natural Bti. Por conseguinte, as ovitrampas permaneceram expostas nos locais por 4 dias, após esse período foram transportadas até o laboratório para secarem por 2 dias para análise. Os resultados mostraram que foram encontrados 531 e 2.703 ovos nas armadilhas, durante as estações seca e chuvosa respectivamente. Desses ovos, 10,6% foram de Aedes albopictus e 86,4% de Aedes aegypti. Quanto aos locais, verificou-se que os ambientes internos apresentaram menor quantidade de oviposição quando comparados aos ambientes externos afastados e razoalmente considerados úmidos. Logo, ao avaliar essas amostras alcançadas por esse método, em relação aos fatores climáticos, observou-se que houve um crescimento exponencial da oviposição do mosquito nesta área em relação à temperatura local, reafirmando assim a eficácia desta ferramenta de monitoramento. Portanto, a partir desses achados fornecidos, ressaltam a importância de implementações de estratégias de controle e prevenção em regiões epidêmicas.

  • Keywords
  • Dengue, Ovitrampas, Crescimento populacional.
  • Subject Area
  • EIXO 5 – Saúde, Cultura e Arte
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