A questão da Palestina é um dos temas mais complexos da contemporaneidade e que se arrasta por mais de setenta anos, marcada pela Nakba (catástrofe) em 1948, em que aldeias inteiras foram perseguidas e massacradas. Desde então, em um processo contínuo da Nakba, vidas são expostas à morte e às mais diversas situações de perigo, estresse e uma série de violações de direitos, com acontecimentos brutais marcados na história dessa população ao longo do último século sob uma ocupação militar por parte do Estado Sionista de Israel. Incluindo várias outras estratégias de extermínio, marcadas pela necropolítica do governo israelense, como a precarização extrema em relação à saúde, a educação, ao acesso à água e a restrição dos direitos econômicos e políticos dos palestinos. Frequentemente, essa situação é retratada de forma unilateral, a partir da discursividade do ocidente, tornando-se uma narrativa hegemônica, portanto, o presente estudo, através da utilização do método qualitativo e da pesquisa narrativa, busca analisar o contexto histórico que culminou com a colonização ilegal do território ocupado por Israel, propondo também uma análise acerca das brutalidades acometidas contra o povo palestino. Buscando averiguar, como este cenário afeta os palestinos, não somente de forma individual, mas também de forma coletiva. Sendo o trauma palestino prevalente, com ondas sobrepostas de lutos traumáticos e de perdas constantes, tornam-se necessário estudos relacionados ao adoecimento dessa população e buscar, também, por possíveis medidas de acolhimento, cuidados e prevenção à saúde mental neste contexto. Sendo fundamental para este cuidado, projetar intervenções que analisem o contexto e atuem de forma coletiva, como também de forma multidisciplinar.
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