Apresentação: O modelo de atenção psicossocial foi substituído após a reforma psiquiátrica pelo novo modelo que tem o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) com um dos principais dispositivos para resgate dos direitos humanos e de uma assistência mais humanizada as pessoas com algum tipo de sofrimento mental. A atuação do enfermeiro nesse dispositivo de saúde mental tem um papel importante na coordenação da equipe e na assistência prestada aos usuários. O exercício das atribuições da enfermagem por meio de algumas estratégias em especial o projeto terapêutico singular que busca ofertar uma assistência segura, qualificada e multiprofissional, promovendo a reabilitação psicossocial e a reinserção desses indivíduos a vida social.
Objetivo: relatar a experiência da atuação de estágio em saúde mental no Centro de Atenção Psicossocial álcool e drogas (CAPS AD) da cidade de Criciúma/SC.
Desenvolvimento: trata-se de um relato de experiência, realizado durante o estágio obrigatório da 8ª fase do curso de Enfermagem da Universidade do Extremo Sul Catarinense entre os meses de setembro e outubro de 2023, no CAPS AD. O local desenvolvido dispõe de uma estrutura com uma sala para acolhimento, sala para oficinas terapêuticas, um banheiro com chuveiro adaptado para pessoas com deficiência, um refeitório, uma cozinha e um posto de enfermagem com sala de medicação. Porém, mesmo com essa estrutura o ambiente é pequeno, e não consegue suportar todos os usuários que frequentam o local diariamente. Aliado a isso, o CAPS dispõe de uma equipe multiprofissional como médico, psicóloga, nutricionista, terapeuta ocupacional, enfermeiro e técnico de enfermagem, no entanto, em decorrência da alta demanda é necessário a inserção de mais profissionais a equipe. O processo de trabalho se dá através de acolhimento aos usuários, oficinas terapêuticas e consultas com especialistas. Os profissionais possuem uma boa relação com os usuários, atendendo cada um de acordo com sua individualidade e plano de cuidado. Durante o estágio foi obtido a oportunidade de vivenciar o cotidiano do CAPS, participando das atividades prestadas diariamente aos usuários, conhecendo a realidade de cada paciente, que por muitas vezes é visto como um local de refúgio, para superar os vícios, tráfico, depressão, problemas familiares, bullying e outros problemas que afetam sua saúde mental. Dentro das limitações e fragilidades foi observado que o desafio diário destes profissionais é falta de materiais necessários para realizar as oficinas terapêuticas e demais atividades, prejudicando a qualidade do serviço prestado.
Consideração: A vivência nos permitiu identificar que a falta de investimento interfere na qualidade da assistência, mas que mesmo assim os profissionais de saúde atuantes nos serviços tentam ofertar o melhor atendimento dentro das condições a eles disponibilizadas.