Diante do objetivo de proporcionar o cuidado integral e centrado nas pessoas-famílias-comunidade, práticas de saúde interprofissionais colaborativas, que promovam a integração dos diferentes núcleos e saberes profissionais, são esperadas. Neste contexto, a competência colaborativa da comunicação interprofissional se destaca como essencial ao trabalho em saúde. Esta pesquisa de Mestrado Profissional de Ensino na Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) propõe-se a compreender como os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) percebem a comunicação interprofissional no processo de trabalho em equipe. O estudo tem delineamento qualitativo de base fenomenológica – fenomenologia da percepção. A amostra foi intencional, constituída por profissionais de uma equipe de ESF de município do sul do país, onde a autora principal atua. A produção de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas (guiada por roteiro). O material textual produzido pelas entrevistas está em análise e conduzido pela análise de conteúdo na perspectiva de Bardin. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados/discussão estão sendo organizados por temáticas e categorias emergentes, fundamentados no referencial teórico da interprofissionalidade (educação e trabalho) e da fenomenologia da percepção. Espera-se que o estudo possa contribuir para o entendimento de como se estabelece a comunicação na prática do trabalho em equipe, identificando aspectos facilitadores e possíveis barreiras que possam influenciar na efetividade da prática comunicativa interprofissional. A partir dos resultados da pesquisa, pretende-se elaborar um material didático que possa facilitar/apoiar os processos de comunicação no trabalho em equipe na ESF e desta equipe com as pessoas-famílias, buscando a interação e a colaboração para a qualificação do cuidado resolutivo em saúde.