Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) visa atualizar, aprimorar, e promover a aprendizagem individual, coletiva e institucional. Regulamentada pela Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) de 2004, deve ser incorporada no cotidiano profissional. Objetivo: Relatar as potencialidades e dificuldades encontradas no desenvolver de ações de EPS com diferentes equipes de atenção à saúde. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, advindo das atividades desenvolvidas durante os meses de março à julho, no Estágio Curricular Supervisionado (ECS) de estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó em serviços de saúde de diferentes níveis de complexidade, sendo eles, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24h. Foram realizadas capacitações sobre a “Estratégia Amamenta Alimenta Brasil”; Teste do Pezinho e Teste da Mãe Catarinense; Além de Cetoacidose Diabética e Dengue. Resultados: Nota-se que nas UBS, a organização e a estrutura do serviço potencializam a prática educativa como parte da rotina, as quais são desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pela UBS de acordo com a necessidade específica da população adscrita. A inserção dos estudantes em campo prático foi atrelada na construção e implementação de ações educativas que ocorreram em momentos oportunizados para reuniões e treinamentos da equipe, com espaço físico e organização do serviço. Na UPA, embora observado a participação e troca de conhecimentos acerca do assunto quando solicitado pela equipe, outros cursos de aperfeiçoamento oferecidos pela SMS, têm pouca adesão. Segundo relatos profissionais, a falta de certificação e a necessidade de deslocamento para fora do ambiente de trabalho são fatores contribuintes para baixo engajamento. Outrossim, a resistência à mudança, cultura organizacional, sobrecarga profissional, falta de recursos financeiros e acesso a tecnologia no serviço configuram-se como principais dificuldades, bem como a falta de incentivos para titulações posteriores à graduação. Considerações finais: O desenvolvimento da EPS foi importante na formação acadêmica, por caracterizar-se como uma função inerente à atuação do enfermeiro, sendo de sua responsabilidade o seu aprimoramento contínuo e de sua equipe.