Este estudo analisa a inserção dos egressos dos Programas de Residência em Enfermagem em Saúde da Família no mercado de trabalho, com foco em sua integração no Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade do Rio de Janeiro. Explora-se o impacto da formação especializada na empregabilidade desses profissionais através de um delineamento exploratório descritivo, de natureza quanti-qualitativa, examinando o percurso de 113 residentes que concluíram os programas entre 2017 e 2019. A coleta de dados envolveu revisão documental e aplicação de questionário estruturado. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, conforme o parecer N.º 3.650.158. Os resultados mostraram que 80,53% (n=99) dos egressos conseguiram emprego em até seis meses após a formatura. Além disso, 12,39% (n=15) foram contratados entre sete e doze meses, enquanto 7,08% (n=9) permaneceram sem colocação profissional após o término do programa. O título de especialista demonstrou ser relevante para a obtenção de posições de trabalho, conforme relatado por 77,88% (n=96) dos participantes. Desse modo, enfatiza-se que a formação em enfermagem em saúde da família, oferecida pelos programas de residência, catalisa de forma significativa a inserção dos egressos no tecido laboral, notadamente no âmbito público de saúde. A formação especializada configura-se, assim, como um vetor de influência positiva, otimizando as trajetórias profissionais no espectro do SUS e reforçando a interconexão entre a formação de especialista e a empregabilidade. A especialização desponta como um diferencial no processo de seleção e contratação, reforçando a necessidade de políticas voltadas para a expansão e intensificação dos investimentos em programas de residência, essenciais para o desenvolvimento das competências profissionais e para a consolidação da atenção primária à saúde na cidade do Rio de Janeiro.
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