AÇÃO EDUCATIVA E DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Author
  • STEPHANIE SOUZA VIANA
  • Co-authors
  • ALBINO DE JESUS PINTO , ALANA ORIENTE DA SILVA , ANA CRISTINA MARINHO PINTO , EMILY MONTEIRO DE ASSIS , FRANCISCA OLIVEIRA DE JESUS , GEISA CORDEIRO DOS SANTOS , JULIANE PINTO SERRÃO , ADJANNY ESTELA SANTOS DE SOUZA
  • Abstract
  • Apresentação: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) ocorrem, na maioria das vezes, devido ao contato sexual desprotegido e podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos, tendo como exemplos a sífilis, gonorreia, herpes genital, hepatites B e C, a infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) e, uma das mais graves, a infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Diversos fatores contribuem para que as IST se configurem como um problema a ser enfrentado, necessitando de ações de controle e prevenção, principalmente em populações vulneráveis com dificuldades de acesso à serviços de saúde, como as comunidades quilombolas. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência vivenciada em ações de promoção da saúde com práticas de educação em saúde e diagnóstico de IST em comunidades quilombolas. Desenvolvimento do trabalho: As ações ocorreram em outubro de 2023 em duas comunidades quilombolas de Santarém (PA), Bom Jardim (área de Planalto) e Pérola do Maicá (área urbana), definidas pela Federação das Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS). A ação teve início com acolhimento dos comunitários, no qual houve uma explanação sobre a importância da prevenção das IST e do diagnóstico precoce, em seguida os comunitários eram convidados a realizar os testes rápidos para detecção de HIV, Hepatite B, Hepatite C e sífilis disponibilizados na ação em parceria com o CTA-Estadual. Após a realização dos testes os comunitários recebiam orientações individuais sobre a prevenção das IST. No caso de resultado positivo para alguma IST os comunitários eram encaminhados à rede de assistência em saúde do município.  Resultados: Na primeira comunidade (Bom Jardim), a procura pelos testes foi baixa, provavelmente pelo medo do resultado, vergonha ou constrangimento, fatores que infelizmente impedem as pessoas de realizarem os testes. No entanto, para aqueles que passaram pela testagem foi uma oportunidade para cuidar da saúde, visto que na comunidade não há unidade de saúde, e mesmo na unidade mais próxima, a qualidade do serviço de saúde é precário, não disponibilizando a realização de testes rápidos para diagnóstico de IST. Na comunidade Pérola do Maicá, localizada na área urbana, a procura pelos testes foi significativamente maior, assim também como a procura para sanar dúvidas sobre os testes e sobre as IST. Foram realizados 176 testes, atendendo a 44 comunitários, 32 (72,7%) eram do sexo feminino e 12 (27,3%) do sexo masculino. Houve 1 (2,3%) ocorrência de HIV e 3 (6,8%) ocorrências de sífilis. Considerações finais: A realização das ações nas comunidades quilombolas possibilitou conhecer outras realidades, compartilhar conhecimentos, disponibilizar a realização de testes rápidos para detecção de IST, contribuindo para a melhoria da condição de saúde, bem estar e redução das desigualdades. Ressalta-se, a importância de ações de promoção da saúde que venham somar com os serviços prestados pelas unidades de saúde que cobrem as comunidades, considerando a dificuldade de acesso aos serviços de saúde.

  • Keywords
  • Comunidades quilombolas, Educação em Saúde, Infecções Sexualmente Transmissíveis
  • Subject Area
  • EIXO 6 – Direito à Saúde e Relações Étnico-Raciais, de Classe, Gênero e Sexualidade
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