APRESENTAÇÃO: A Psicologia e seu foco na subjetividade humana, estuda um objeto de vasta complexidade. Essa área requer amplas pesquisas, tanto para a produção de fundamentação teórico-prática, quanto para interpretação dos fenômenos individuais e sociais. Neste contexto, a abordagem multidisciplinar revela-se imprescindível para obtenção de uma compreensão holística do sujeito. Desse modo, ao discutirmos a formação em Psicologia, atividades vinculadas à iniciação científica, as quais podem envolver a participação como bolsista em projeto de pesquisa e em grupo de estudo são fundamentais, tendo em vista que fomentam habilidades essenciais como o pensamento crítico. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O seguinte trabalho, consiste em um relato de experiência a partir das atividades desenvolvidas como bolsista de iniciação científica na pesquisa vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde (GEPS) da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) intitulada “Cuidados com a saúde mental infantil em escolas da rede municipal”, que objetiva analisar as práticas e processos de cuidado em saúde mental infantil da rede municipal de Santa Cruz do Sul- RS e Teresina- PI, bem como, propor ações e intervenções nas escolas participantes do estudo. A pesquisa encontra-se em fase final com a realização de rodas de conversas e oficinas temáticas junto a professores e gestores da educação básica. O grupo de trabalho conta com a participação de acadêmicos e professores de diferentes áreas de conhecimento, em especial no caso do estudo em questão, dos cursos de Psicologia, Enfermagem e anteriormente Medicina. RESULTADOS: A pesquisa científica e a bolsa de iniciação científica, na formação acadêmica, desenvolve a capacidade de pensamento crítico e reflexivo, o que é de suma importância para a prática do profissional de Psicologia. Tendo em vista, que o futuro profissional irá se deparar com demandas variadas e complexas, as quais vão exigir habilidades e competências necessárias para projetar e desenvolver práticas no âmbito da prevenção, promoção e intervenção em saúde mental e suas interfaces com o campo social, político e institucional, a oportunidade da bolsa de iniciação científica pode contribuir para tal processo. A convivência com o grupo de trabalho da pesquisa e sua multidisciplinaridade também se faz importante, pois, acontece a troca de experiências com outras áreas da saúde por meio de reuniões semanais, o que possibilita a construção de uma visão mais ampla dos fenômenos subjetivos e subjetivantes. Outro ponto fomentado por esta experiência da iniciação científica é a oportunidade de adentrar a comunidade desenvolvendo ações de educação em saúde, o que pode proporcionar maior autonomia para o estudante. Assim, adentrar um possível campo de atuação, fazendo com que o acadêmico compreenda as dinâmicas do campo em questão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Atuar como bolsista de iniciação científica demonstra-se uma experiência profundamente relevante, no qual oferece oportunidade única para adquirir aprendizados, novas perspectivas, e experiências práticas. A inserção em um ambiente multidisciplinar, desde a formação acadêmica em Psicologia, proporciona uma maior flexibilidade dos futuros profissionais, desenvolvendo uma formação de pensamento mais autônoma e abrangente, o que possibilita um cuidado mais humanizado.