Apresentação: A Organização Mundial de Saúde considera a Educação Sexual Abrangente como um aspecto fundamental para a saúde e bem-estar das pessoas. No entanto, o ensino sobre sexualidade humana muitas vezes é negligenciado na grade curricular da Educação de Jovens e Adultos (EJA), resultando em uma falta de conhecimento sobre saúde sexual. Esse cenário é preocupante, especialmente em regiões onde a incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), incluindo HIV/AIDS, está crescente. No contexto do Nordeste brasileiro, o estado do Maranhão ocupa a segunda posição em incidência e prevalência em casos de HIV/Aids. Neste contexto, o estudo visa abranger conhecimento sobre IST/AIDS entre alunos da EJA em Imperatriz, Maranhão.
Resultados: 181 estudantes participaram da pesquisa, com a média de acertos (M=4,39). O sexo feminino apresentou maior média de acertos (M=4,49), quando comparado ao sexo masculino (M=4,29). A idade dos participantes variou de 18 a 62 anos. Entre as respostas, destaca-se que 47,5% dos alunos consideraram que a AIDS pode ser transmitida pelo beijo na boca; 62,1% consideraram verdadeiro que uma pessoa que tem um teste de HIV positivo, tem AIDS; 62,1% afirmaram que fazer o teste de HIV uma semana após ter feito sexo desprotegido dirá se ela tem HIV; 22,7% não sabem que o vírus do HIV pode ser transmitido por sexo desprotegido e 13,6% desconhecem a transmissão do vírus pelo sexo anal. A falta de informação adequada pode levar as pessoas a comportamentos de risco, aumentando a susceptibilidade ao HIV e outras ISTs. A disseminação de informações corretas no ambiente escolar é crucial para combater a desinformação e proteger a saúde dos jovens e adultos.
Considerações finais: Os resultados evidenciam a importância da educação sexual na prevenção de IST/AIDS. É importante ressaltar que o trabalho educativo nas escolas acerca das ISTs tem papel relevante na formação de pessoas mais engajadas e conscientes com relação ao cuidado em saúde. Além disso, entendemos que outras pesquisas são necessárias para entender melhor o perfil desta população e desenvolver estratégias eficazes de educação e prevenção. Portanto, a abordagem educacional deve ser abrangente, promovendo a saúde sexual e reduzindo o risco de transmissão de ISTs, incluindo o HIV. Além disso, deve-se promover a importância do sexo seguro, considerando o contexto de vida de cada indivíduo.