Educação Permanente em Vigilância Alimentar e Nutricional voltada aos Agentes Indígenas de Saúde do DSEI Alto Rio Solimões, Amazonas

  • Author
  • Janayla Bruna Oliveira de Aguiar
  • Co-authors
  • Júlio César Schweickardt , Cristiane Ferreira da Silva , Jamiula da Silva Almeida
  • Abstract
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    Apresentação: O Distrito Especial Indígena Alto Rio Solimões fica localizado na região oeste do Amazonas, na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru, possui 73.386 indígenas, de 07 etnias, que vivem em 241 aldeias. São assistidos por 59 equipes de saúde, distribuídas em 13 Polos Base, 16 Unidades Básicas de Saúde Indígena e 01 Casa de Saúde Indígena e 05 Casas de Apoio. Integram as equipes de saúde indígena deste DSEI, 431Agentes Indígenas de Saúde (AIS), profissionais indígenas que moram e conhecem o território onde trabalham, responsáveis por realizar todos os meses o acompanhamento de crianças menores de 05 anos, através da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). A VAN foi implementada no DSEI ARS, no ano de 2006, seguindo diretrizes existentes em manuais do Ministério da Saúde, para identificação de grupos/áreas prioritárias que apresentam crianças com agravos nutricionais, identificam e acompanham o estado nutricional, manejo dos equipamentos antropométricos, coleta, análise e interpretação dos dados nutricionais. Contribuindo para o acompanhamento qualificado e planejamento de ações. O objetivo desse trabalho é apresentar com são desenvolvidas as oficinas de educação permanente em VAN, voltadas aos AIS. Método: Inicialmente as oficinas voltadas ao processo de implementação da VAN nos territórios indígenas do ARS, onde residem os povos assistidos por profissionais de saúde deste DSEI., foram direcionadas a todos os profissionais de saúde que integram as equipes. Com a inserção nas EMSI, dos profissionais nutricionistas, as ações de educação permanente em VAN, foram reorganizadas, sendo estruturadas oficinas específicas para os AIS. É realizado pelo AIS, avaliação do estado nutricional pelos indicadores peso para idade da Organização Mundial da Saúde (OMS), avaliação da situação de aleitamento materno, se a família da criança recebe benefícios sociais e se a criança está recebendo suplemento de vitamina A ou sulfato ferroso. Todos os Polos Base e Unidades Básicas de Saúde Indígena possuem equipamentos antropométricos disponíveis para acompanhar o estado nutricional dos usuários. Nas oficinas são abordados métodos de ensino e aprendizagem adaptadas para a realidade de cada território, havendo momentos de teoria e práticas, com tradução na língua indígena materna, sendo utilizado recursos áudio visuais, bem como a integração dos AIS para que os mesmos tenham autonomia na construção do aprendizado. Resultados: As oficinas de educação permanente em VAN voltadas aos AIS, são realizadas uma vez ao ano, pelos profissionais nutricionistas em conjunto com outros profissionais, já capacitados. As oficinas têm mostrado grande importância para o processo de trabalho dos AIS dentro dos territórios indígenas do ARS, garantindo que os AIS se mantenham atualizados e qualificados para identificar precocemente como se apresentam os agravos nutricionais nesta população para o planejamento estratégias junto a EMSI. Considerações finais: O resultado final esperado é que estas informações originem estratégias efetivas no controle de desvios nutricionais evitando que crianças venham a agravar com quadros de saúde relacionadas ao estado nutricional, assim como atuação dos AIS na proteção, promoção, prevenção e recuperação da saúde das crianças assistidas pelas equipes de saúde deste DSEI.

  • Keywords
  • Oficinas, AIS, Vigilância Alimentar e Nutricional
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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