Apresentação: A intervenção junto a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) consiste em uma responsabilidade de saúde pública, por considerar essa população vulnerável e com deficiência, conforme a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, criada pela Lei Berenice Piana Nº 12.764/12. Este trabalho objetiva apresentar uma nota prévia do projeto de mestrado acadêmico intitulado ‘Redes de Saúde e Educação para inclusão de crianças com autismo’ apresentado ao Programa de Pós-graduação em Saúde e Ruralidade (PPGSR) da Universidade Federal de Santa Maria – Campus Palmeira das Missões/RS (UFSM/PM). De acordo com a última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da American Psychiatric Association, o TEA passou a ser classificado dentro dos Transtornos do Neurodesenvolvimento, que englobam condições que surgem no início do desenvolvimento infantil, caracterizados por dificuldades que impactam no funcionamento pessoal, social, acadêmico e/ou profissional. Destaca-se a importância do cuidado em rede dos profissionais de saúde e educação no acompanhamento das famílias no momento de recebimento do diagnóstico de TEA e nos processos de desenvolvimento da criança ao longo do tempo. Sendo assim, o estudo propõe uma investigação sobre como se dá a inclusão de crianças com TEA nos serviços de saúde (Unidades Básicas de Estratégia Saúde da Família) e de educação (escola) para a detecção precoce das alterações no desenvolvimento infantil, por meio da intervenção da equipe multiprofissional. Tem como objetivo geral analisar como ocorre a inclusão de crianças com TEA nas redes de saúde e educação no contexto rural e urbano. O objetivo específico é identificar o funcionamento da rede de atendimento da saúde e educação de crianças com TEA, nos ambientes urbanos e rurais. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de estudo de abordagem qualitativa em que os participantes serão profissionais das redes públicas de saúde e educação que atuam em área rural e urbana no atendimento a crianças com TEA. A coleta de dados será realizada por meio de encontros em grupo utilizando a metodologia do Arco de Maguerez, contemplando as seguintes etapas: observação da realidade, pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade. A análise de dados seguirá a proposta por Minayo (2014) que compreende as etapas de ordenação, classificação, análise propriamente dita e teorização. Resultados: A partir do desenvolvimento desta pesquisa, espera-se conhecer a realidade dos contextos urbano e rural, quanto ao acesso, vulnerabilidades, potencialidades existentes e como se dá o cuidado em rede à criança com TEA. Considerações finais: O estudo poderá contribuir para a criação de uma rede intersetorial e/ou fortalecimento da existente numa perspectiva multiprofissional. Assim, será possível contribuir nos atendimentos e no fortalecimento de políticas públicas de saúde e educação que sejam efetivas e ágeis no contexto rural e urbano, para as crianças com TEA e suas famílias.
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