Apresentação: Os grupos constituem-se como uma ferramenta alternativa de assistência à saúde que auxilia os profissionais na Atenção Primária à Saúde (APS), no qual é permitido implementar ações de educação interativa entre os profissionais, população e sociedade sobre o processo saúde-doença estimulando a transformação de atitudes e habilidade para o autocuidado, visando melhoria da qualidade de vida e saúde da comunidade. Ademais, a atuação do enfermeiro deve abranger os fatores biológicos, psicológicos, espirituais e sociais capazes de operar na promoção, prevenção, manutenção e recuperação da saúde. Este estudo buscou entender a importância dos grupos de convivência como uma ferramenta de educação em saúde e acompanhamento de agravos. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, caracterizada por um tema mais amplo, a rigor da percepção subjetiva do autor. A pergunta que guiou a pesquisa foi: Qual a relevância do grupo de convivência como uma ferramenta de educação em saúde e acompanhamento de agravos na APS? As bases de dados utilizadas foram: Google Acadêmico, Scielo, LILACS, e BDENF. Os critérios de inclusão foram: texto completo na íntegra, artigos que respondessem a pergunta de pesquisa, publicados entre 2003 e 2023, no idioma português. Resultados: Como respostas, os grupos surgem como maneira de efetivação das práticas que promovem saúde, já que haverá socialização. Dessa forma, há a criação do vínculo profissionais e indivíduos, permitindo que os profissionais obtenham uma visão maior sobre a saúde local e acompanhem a saúde da comunidade com eficácia, permitindo a construção de mais intervenções e garantindo a independência da população na sua própria saúde. Além disso, como característica fundamental de um grupo de convivência, tem-se a finalidade da criação; ela ditará o problema que se deseja intervir e como será feita a ação. Isso é indispensável para a educação em saúde, afinal, definir uma intercorrência, direciona o profissional às prioridades daquela população. Outrossim, o enfermeiro como quem faz grande proveito dos grupos, já que o profissional tem a ação educativa como um dos seus principais eixos norteadores e os grupos são apontados, pelo autor, como um artifício que possibilita o monitoramento, a criação de vínculos e cria um espaço para educação em saúde. Sendo assim, esse profissional pode e deve usar esses grupos para a efetivação dos seus deveres de investigação, prevenção e tratamento. Considerações finais: Diante do estudo, fica claro a relevância dos grupos de convivência tanto para profissionais quanto para os indivíduos do grupo. Com a construção do vínculo, a educação em saúde flui de maneira mais fácil, o profissional investiga a situação da comunidade e a partir disso consegue contribuir com a promoção de autocuidado, autonomia e autoestima, de maneira mais específica. Além do profissional monitorar agravos que podem estar acometendo aquela pequena população e interferir no processo saúde doença, evitando possíveis aumentos de casos.