ABORDAGEM SEMIOLÓGICA SOB A ÓTICA DA MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE EM OFICINA PARA ACADÊMICOS INGRESSANTES NA GRADUAÇÃO EM MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Author
  • Maria Clara da Silva Maia
  • Co-authors
  • Ketlin Angelin , Giulia Marques Vidor , Ana Isabela Alves do Vale , Yasmin Gabriela Peixoto , Carine Elizabeth de Oliveira , Tais Felipe da Silva
  • Abstract
  • Apresentação: “Semiologia” trata-se da área de estudo dos sinais e sintomas característicos à condições e/ou patologias, bem como das técnicas para identificação e interpretação destas. Composta de “Anamnese” – história clínica trazida pelo paciente – e “Exame Físico” – fatores observáveis no paciente durante a consulta –, a Semiologia é a base da prática clínica. Permite a formulação de diagnósticos e a oferta de tratamentos. Desempenha, ainda, papel fundamental para o estabelecimento da relação médico-paciente, permitindo comunicação eficiente durante o serviço em saúde e maior compreensão do paciente como indivíduo biopsicossocial – entendimento essencial para a prática plena da Medicina de Família e Comunidade. Desenvolvimento: Nesse sentido, percebendo a importância da abordagem holística ao paciente na prática clínica desde o início da graduação em Medicina, a Liga Acadêmica de Saúde da Família da Universidade Federal da Fronteira Sul campus Passo Fundo (LASF UFFS/PF) promove, semestralmente, a “Oficina de Semiologia aos Calouros”. Com o intuito de ressaltar a importância da abordagem integrada no cuidado ao paciente, os ligantes – acadêmicos do curso de Medicina da UFFS/PF que integram a LASF –  introduzem os acadêmicos ingressantes a Semiologias Pediátrica, do Aparelho Respiratório, aferição de Pressão Arterial e realização da Ausculta Cardíaca. A Oficina ocorre no Laboratório de Habilidades da UFFS/PF com o auxílio dos materiais necessários para sua realização e movimenta, em média, quarenta discentes. A turma ingressante divide-se em quatro grupos menores e, no local, assistem a uma breve apresentação sobre o tema, tendo a oportunidade de praticar em colegas ou em manequins de simulação – a depender do risco envolvido no aprendizado prático. Resultados: A oficina apresenta grande interesse dos estudantes, principalmente devido ao contato com conhecimentos práticos, que é raro nas fases iniciais do curso. Para avaliar a satisfação dos estudantes com a participação na atividade, foi realizado um questionário com quatro perguntas sobre: aproveitamento geral da oficina (entre 1-10); avaliação dos conhecimentos passados (1-10); o quanto recomendaria a oficina para seus calouros (1-10) e sugestões e comentários. Nesse sentido, 100% das respostas dividiram-se entre as notas 9 e 10 para os três critérios, enquanto a questão aberta trouxe mensagens positivas, demonstrando a importância da realização da oficina pela liga como forma de incentivo à uma formação médica acadêmica mais completa e integrada.   Considerações Finais: A oficina auxilia os educandos nas práticas clínicas que ocorrem nos primeiros semestres e incita à busca da realização de uma medicina mais humana desde o aprendizado inicial para a abordagem ao paciente. Além de auxiliar o desenvolvimento inicial do raciocínio clínico, permite aos acadêmicos ingressantes um maior entendimento em relação à importância da comunicação com o indivíduo e da integração com a comunidade. Aos acadêmicos ligantes, a oficina funciona como meio que permite o “educar em saúde” e a incitação do interesse pelo curso em alunos que talvez estejam ansiosos por conteúdos mais avançados e sintam desânimo nas etapas iniciais.

     

  • Keywords
  • Semiologia, Oficina, Calouros de Medicina
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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