Introdução: O número de casos de câncer vem aumentando e pode se tornar a principal causa de morte no Brasil entre 2029 e 2030, mesmo com os exames de rastreamento do câncer de mama. A neoplasia mamária diagnosticada nos estágios III e IV demandam quantias elevadas de recursos para o tratamento. Assim, o diagnóstico precoce, por mamografia bilateral possibilita prognósticos favoráveis à cura e menores quantias de recursos financeiros. Objetivo: Verificar a relação do quantitativo dos exames de mamografia bilateral com os custos com morbidade da neoplasia maligna e benigna de mama. Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo, baseado nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) dos anos 2018, 2020 e 2022 relativo às quantidades de mamografias bilaterais e os custos com morbidade da neoplasia maligna e benigna de mama. Foi identificado todas as mamografias das regiões do Brasil, após identificarmos as regiões que são outlier, Norte e Sudeste. Para realizar a correlação entre a mamografia e os custos com a morbidade, foram sorteadas uma região de saúde do Norte (n=45), Médio Norte Araguaia e outra do sudeste (n=163), Rio Pardo. Foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk e para correlacionar as variáveis o teste de Pearson e a matriz de correlação de Pearson. Resultados: A região Norte apresenta o menor quantitativo (n=343.467) de exames de mamografia e a região Sudeste a maior quantidade (n=4.916.933). Na correlação das variáveis: quantidade de exames de mamografia e o custo com a morbidade no Médio Norte Araguaia/ Norte, o resultado encontrado foi de p-value =0,4309 e verifica-se que não há uma correlação estatisticamente significativa. Entretanto, na correlação entre as mesmas variáveis na região de Rio Pardo/ Sudeste o resultado encontrado foi de p-value = 0,02319, o que demonstra uma correlação forte entre as duas variáveis, ou seja quanto mais mamografias realizadas há um menor custo na morbidade das neoplasias benigna e maligna da mama. Conclusão: A falha no rastreio dificulta o combate ao câncer em um país com fortes desigualdades sociais e leva ao aumento dos gastos com o tratamento.