No Brasil, o número de mulheres em idade fértil que usam o Dispositivo Intrauterino (DIU) representa cerca de 2% desse segmento populacional. Essa cifra indica a necessidade de estudos que possam contribuir com a divulgação de estratégias que possam melhorar esse indicador de saúde reprodutiva. Assim, tem-se por objetivo analisar os efeitos da oferta do DIU de cobre por enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde em Mato Grosso do Sul. Estudo descritivo e transversal, desenvolvido com enfermeiros habilitados para a inserção do dispositivo intrauterino. A amostra foi obtida por conveniência, e os dados foram coletados de forma online, com 31 participantes de 12 dos 79 municípios do Mato Grosso do Sul. A análise estatística de frequências e teste binomial se deu pelo SPSS, versão 24.0, com nível de 5% de significância. Resultados: a maioria (83,9%) são do sexo feminino, com média etária de 37,3 anos (±1,35). Do total, 87,1% dispõem de consultório de enfermagem equipado e 93,5% utilizam protocolos assistenciais em suas condutas. Há enfermeiros que não solicitam exames de imagens, não prescrevem medicamentos e não realizam atividades educativas (p <0,001). A média de reinserções do dispositivo foi de 20,68 (±4,82). Conclusão: o manejo do dispositivo intrauterino por enfermeiros amplia o acesso de mulheres a método de longa duração do controle da natalidade, o que resulta em recursos humanos capazes de contribuir com a redução de gravidez não planejada e suas consequências.