A evolução na área neonatal, nos últimos anos, principalmente os progressos tecnológicos e científicos, permitiram atender às necessidades clínicas singulares de recém-nascidos (RNs) criticamente doentes e aumentar as suas taxas de sobrevida. Nesse sentido, o atual cenário dos serviços de saúde revela que a assistência dos profissionais em unidades de terapia intensiva neonatal (UTINs) prioriza o atendimento das demandas clínicas do RN. Os princípios e as estratégias do cuidado centrado no paciente e na família (CCPF) vêm sendo incorporados, de forma gradativa nas políticas de saúde, às diretrizes de entidades nacionais e internacionais, bem como nas pesquisas em saúde e nàs práticas clínicas. O cenário de partipação efetiva das famílias, no cuidado e na tomada de decisão ainda é um processo em lenta efetivação. As barreiras de comunicação, entre as famílias e os profissionias, tornam-se um dos principais dificultadores nesse processo. Assim, o Grupo de Familiares, da UTI Neonatal do Hospital Universitário objetiva realizar encontros para oportunizar momentos de esclarecimento de dúvidas sobre o processo de hospitalização, o desenvolvimento de interação e vínculo terapêutico entre profissionais e família e entre as famílias, apoio e a facilitação da formação de rede de suporte. O método é por meio de atividades em grupo, compartilhamento de informações, momentos de descontração com artesanatos, dinâmicas e atividades especiais em datas comemorativas. Os encontros são coordenados por uma das enfermeiras, da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e pelos alunos da Residência Multiporfissional do hospital de referência. Além disso, é disponibilizada uma caixa de ouvidoria para queixas, reclamações, e informações sobre a unidade e dinâmica do grupo, disponibilizada no hall de entrada da UTI NEO, com leitura mensal pela equipe após realização do grupo. Os encontros acontecem semanalmente, nas tercas-feiras pela manhã, na sala de aula da UTI Neonatal. Com essas atividades almeja-se o aumento do vinculo entre famílias e profissionais, fortalecendo a confiança das famílias no processo terapêutico vivenciado pelas crianças, durante a internação na unidade de terapia intensiva.