Dados referem altos índices de violência não letal às mulheres no Brasil, em sua maioria, mulheres pretas e pardas, com aumento de 19% nos últimos cinco anos. Logo, essa pesquisa tem como objetivo refletir sobre possibilidades na redução dos alarmantes índices de violências letais, como o feminicídio, bem como, não letais, identificadas como violência psicológica. Termos estrangeiros divulgados amplamente em veículos de comunicação, tais como Manterrupting, Bropriating, Manspreading, Gaslighting, Mansplaining, Stealthing, demarcam situações que estão frequentemente relacionadas à grande parte de mulheres brasileiras, dentre estas, as amazônidas, que sofrem com tais violências. Quanto ao promover estratégias de auto cuidado e medidas de segurança a esse público destacam-se barreiras para que essas mulheres possam assumir seu papel de agência em denunciar, pois, tais expressões na língua inglesa tornam-se entraves linguísticos e sociais que impactam diretamente nos resultados às denúncias, quando a realidade aponta o desconhecimento de uma linguagem oposta à cultura da mulher brasileira em território amazônico. Nesse contexto, referências na literatura atribuem às mulheres negras uma tríplice discriminação (social, racial e sexual). Considerou-se por meio de levantamento de dados em método quali-quantitativo discutir sobre como reconduzir esse público a empoderar- se em sua própria linguagem e desta forma, contribuir para que haja a legitimação de sua integridade física e emocional, corroborando para seu direito a viver dignamente em relações sociais e afetivas saudáveis em seu cotidiano.