PERCEPÇÃO DE ESTRESSE SEGUNDO AS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DE MULHERES RESIDENTES EM VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO

  • Author
  • ADRIANA GERALDINA VICENTE DA SILVA
  • Co-authors
  • Loys Lene da Costa Siqueira , Franciele Marabotti Costa Leite
  • Abstract
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    Apresentação: O estresse atinge pessoas de todas as classes sociais, nacionalidades, idades e ocupações. É um agravo que pode ser definido como um estado de desequilíbrio do funcionamento do organismo, desenvolvido mediante situações de desafios que levam o organismo a utilizar seus recursos psicológicos para lidar com os eventos que exigem uma ação mobilizadora. A vida cotidiana da mulher, com múltiplos papéis sociais e familiares, as torna mais vulneráveis ao estresse. No Brasil, 79,3% das mulheres relataram sintomas significativos de estresse, em comparação com 51,7% dos homens. Estudo recente revelou que altos níveis de estresse estão ligados à pobreza multidimensional, à falta de acesso e ao conhecimento. Nota-se ainda, um maior nível de estresse entre os tabagistas, os que não praticam atividade física e as mulheres com renda de menos de dez salários mínimos. Objetivo: Identificar a percepção de estresse segundo as características sociodemográficas de mulheres residentes em Vitória, Espírito Santo (ES). Metodologia: Trata de um estudo transversal, realizado com mulheres adultas com 18 anos e mais. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e maio de 2022, com uma equipe de entrevistadoras utilizando tablets e a ferramenta de captura eletrônica de dados Research Eletronic Data Capture – (REDCap). A amostra foi de 1086 mulheres. A percepção do estresse foi avaliada pela escala PSS-10, e as características socioeconômicas por meio de questionário próprio. As análises estatísticas foram realizadas pelo programa Stata® versão 15.1. Resultados: Os resultados indicaram que as mulheres na faixa etária de 18 a 29 anos apresentaram a maior média de estresse (19,53), assim como as que se definiram por não brancas (16,79), com 9 anos ou mais de escolaridade (16,65), solteiras (18,27), vivendo em casa alugada (17,50), sem religião (18,55), recebendo auxílio do governo (18,12), sem plano de saúde (17,01) e residindo com 5 ou mais moradores (18,16) (p<0,05). Houve uma tendência de aumento da percepção de estresse conforme o número de moradores na residência. Considerações: Identificar e estudar aspectos, tipos e relações do estresse e suas consequências na saúde e vida das mulheres é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas e melhoria dos serviços de saúde, visando oferecer um cuidado integral às mulheres.

     

  • Keywords
  • Mulher, estresse, características socioeconômicas
  • Subject Area
  • EIXO 7 – Rotas Críticas - Narrativas de Violência Contra a Mulher
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