Apresentação: O acidente vascular cerebral (AVC) é resultado de um déficit neurológico causado por uma lesão aguda de origem vascular no sistema nervoso central (SNC), incluindo a isquemia cerebral, hemorragia intracerebral (HIC) e a hemorragia subaracnóidea (HSA). Nesse sentido, o AVC é responsável por ser a segunda causa mais recorrente de morte no mundo, além de ocupar a terceira posição nas causas de incapacidade. No Brasil, com relação ao número de mortes, foram constatados quase 230 mil óbitos no período de 2010 a 2019, tendo destaque para a região Nordeste, que ocupou a segunda posição na taxa de mortalidade. Devido à sua importância, torna-se relevante o estudo sobre a sua mortalidade no interior dos estados brasileiros. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é analisar a mortalidade por AVC na macrorregião de saúde do Oeste da Bahia no período de 2013 a 2022. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico. A população de estudo é composta por todos os óbitos ocorridos nos municípios integrantes do Núcleo Regional de Saúde (NRS) Oeste da Bahia, no período de 2013 a 2022, com base nas Declarações de Óbito (DO) disponibilizadas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram calculadas as taxas de mortalidade por AVC para o período e as frequências relativas e absolutas das características dos indivíduos que vieram a óbito. Na análise multivariada foi utilizada a Regressão de Poisson com variância robusta, com estimativa do Risco Relativo. Resultados: O AVC ocasionou 2.901 mortes, representando 6,3% de todos os óbitos no período. O coeficiente de mortalidade geral foi de 560 óbitos por 100.000 habitantes, apresentando tendência temporal de aumento, com decréscimo em 2022. O risco de óbito por AVC foi maior entre as mulheres, na faixa etária de 80 anos ou mais, na raça/cor preta/parda e em estabelecimentos de saúde. Considerações finais: Os coeficientes de mortalidade alcançaram valores superiores quando comparados com o contexto nacional, regional e o com o estado da Bahia, demonstrando que os serviços de saúde no NRS Oeste ainda possuem precariedades. Assim, é perceptivel que o AVC tem impacto significativo nos óbitos na região, representando uma grande preocupação na saúde pública.