Apresentação
O processo de ensino-aprendizagem médico passa por constantes reformulações a fim de garantir uma formação adequada ao futuro profissional. Ao se falar do cenário contemporâneo, defende-se que, no curso de Medicina, o estudante deve adotar um papel ativo na construção de seu conhecimento, ação que pode ser facilitada pela aplicação de metodologias ativas na graduação. Diante disto, este trabalho busca esclarecer a relevância da adoção de metodologias ativas na formação e caráter médico e caracterizar as estratégias que são pautadas por esse modelo de aprendizado durante o ensino superior.
Desenvolvimento
Trata-se de uma revisão de literatura, com busca na base de dados “Scientific Electronic Library Online” (SciELO). Utilizaram-se os seguintes descritores: “metodologia ativa”, “aprendizagem baseada em problemas” e “educação médica”. Como critério de inclusão, foram selecionados artigos cujos títulos e resumos fizessem referência ao tema proposto. Por outro lado, foram excluídos artigos que foram publicados antes do ano de 2015 e que estivessem em língua diferente da portuguesa.
Resultados
O ensino brasileiro, pauta-se, principalmente, no modelo tradicional no qual o professor apresenta o conteúdo ao aluno que possui um papel passivo, já que deverá escutar e observar. No entanto, as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) defendem a formação médica baseada em um caráter ético, reflexivo, humanista e transformador. Nesse sentido, prioriza-se a adoção de metodologias ativas as quais são possíveis de promover além da autonomia dos estudantes, o pensamento crítico-reflexivo, tornando o âmbito educacional um espaço de troca.
As metodologias ativas, dessa forma, visam reformulações da formação médica perante as demandas de saúde atuais. Sendo assim, caracterizam-se por métodos nos quais o aluno se torna parte integrante, central e ativa do próprio aprendizado, enquanto o professor possui o papel facilitador ao guiar esse processo. Tem-se, portanto, como estratégias desse tipo de metodologia a aprendizagem baseada em problemas, o ensino híbrido, a sala de aula invertida, o aprendizado entre pares, entre outras ferramentas que promovam a independência, cooperação, proatividade e despertem a curiosidade do estudante.
Considerações finais
A revisão da literatura teve como finalidade defender a importância das metodologias ativas na formação médica atual. Para comprovar isso, foi introduzido um panorama histórico das Diretrizes Curriculares Nacionais, que defende o estudo ativo para as demandas atuais de ensino tendo a figura do professor como guia na jornada do aprendizado, ao invés do método tradicional em que o papel do professor é de apresentador de conteúdo. Defende-se, portanto, a autonomia e senso crítico do estudante, sendo parte central do processo de aprendizado.