Nas últimas décadas, muito tem sido discutido acerca da importância da espiritualidade no enfrentamento e recuperação de doenças nas pessoas. Neste sentido, compreender a vivência da religião, da religiosidade e, sobretudo, da espiritualidade, a partir da ótica da psicologia na abordagem Centrada na Pessoa onde propõe se um local de acolhimento e seguro ao indivíduo durante o tratamento de pacientes terminais é valido. Objetivo: analisar estudos científicos acerca dos diferentes aspectos da atuação do Psicólogo hospitalar e sua atuação junto a pacientes terminais e os aspectos da fé, exercida na prática em religiões ou não pode ser um diferencial no tratamento de pacientes quando observada pelo profissional que atua na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Método: pesquisa de revisão bibliográfica de estudos científicos considerando a atuação do psicólogo no ambiente hospitalar, a espiritualidade a partir da ótica da psicologia, sobretudo no tema da fé como recurso para o enfrentamento e recuperação de doenças para pessoas em estágio terminal, e como a ACP percebe e pode atuar como facilitador neste processo. Resultados e Discussão: com o levantamento bibliográfico sobre o tema, foram selecionados artigos que vieram como suportes para referências técnicas deste artigo, auxiliando com o entendimento de conceitos específicos, tais como caracterização do paciente terminal, cuidados paliativos, percepções dos pacientes, familiares e profissionais de saúde, como se apresenta em face à psicologia da saúde e como por vezes não há um preparo adequado dos acadêmicos do curso de psicologia quanto a atuação com os pacientes e não atuando apenas como mediador das relações que ali se estabelecem, apontando a interação e a eficácia do psicólogo para o tratamento de pacientes terminais e com seus familiares, indicando um possível caminho aos Psicólogos ao gerir as questões ligadas a espiritualidade, as suas próprias, dos pacientes e dos demais profissionais afim de diminuir os tabus acerca do processo de morrer e da morte,. Há unanimidade no apontamento que a forma do paciente terminal enfrentar a situação que se encontra influirá em sua qualidade de vida, assim como que as atuações do Psicólogo que vêm para auxiliar este paciente nesse momento, partindo de uma compreensão funcional do psicólogo junto ao paciente, seus familiares e a equipe multiprofissional de saúde a partir da visão da ACP, ocupando desta forma papel de intermediador junto a equipe multidisciplinar para que a religiosidade dos pacientes seja respeitada. Conclusão: A espiritualidade, independente da religiosidade é uma das dimensões que ocupam espaço importante no cuidado de pessoas com doenças em estágio terminal de vida, conduto a espiritualidade não pode ser considerada determinante, para além de outras dimensões como a saúde física, emocional e social. O profissional de psicologia considerando a tríade Rogeriana que percebe a congruência, a compreensão empática e a consideração positiva incondicional como alicerce para o sucesso da relação terapêutica, atuará como um diferencial por reconhecer a diversidade e zelar pela subjetividade dos pacientes, preservando as crenças e práticas intra-hospitalares, além dos costumes e ritos familiares quando a pessoa encerra seu ciclo de vida.