INTRODUÇÃO: A assistência em saúde mental se constrói em diversas áreas da saúde, sendo a porta de entrada a Atenção Primária de Saúde (APS) que é aplicada em lugares como a Estratégia Saúde da Família (ESF), embora esta demanda não seja uma prioridade em sua regularização na Portaria N° 648/GM, de 2006. Seguindo essa linha, a ESF São Francisco tem como uma das ações o grupo de convivência “Vida, Alegria e Saúde” onde a saúde mental é abordada de maneira abrangente a partir da convivência, troca de experiências e realização de atividades pensadas em conjunto da equipe multiprofissional com o grupo. OBJETIVO: Esse estudo possui como objetivo relatar a assistência em saúde mental na atenção básica através de uma ação da Estratégia Saúde da Família, demonstrando a importância de grupos de convivência para emancipação, autonomia e independência de usuários com demandas em saúde mental. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência realizado por estagiárias de Terapia Ocupacional no campo da saúde mental da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Os grupos de convivência são realizados nas quartas-feiras, sendo um espaço ocupado pelos profissionais da unidade em conjunto com os usuários do território que acessam o serviço, possibilitando um ambiente de trocas e horizontalidade. RESULTADOS: A partir dos encontros realizados, percebeu-se que o grupo proporciona diversos benefícios em saúde, tendo como principal elemento coesivo a interação e a troca de habilidades sociais e resoluções de problemas, potencializando a prática coletiva e independência ocupacional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base no relato apresentado, entende-se que o cuidado em saúde mental, não apenas aprofunda-se no cuidado individual, mas o pensar coletivo propicia uma mudança significativa na forma de enfrentar as preocupações cotidianas, reforçando a rede de apoio e contribuindo para sua manutenção.