PERFIL DO RESIDENTE DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA, ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, 2019-2024

  • Author
  • Margareth Pandolfi
  • Co-authors
  • Célia Márcia Birchler , Douglas Setimo do Rozário
  • Abstract
  • Apresentação: Para o fortalecimento e qualificação da Atenção Primária à Saúde (APS), em 2020 foi implantado o Programa Multiprofissional em Saúde da Família (PRMSF)/Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação (ICEPI)/Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Conhecer o perfil e a percepção dos residentes é fundamental para a qualidade e excelência para a formação. Desenvolvimento: O PRMSF/ICEPi permite que o aprendizado aconteça a partir da parceria com diferentes atores e serviços, a garantir diversidade de cenários, abordando aspectos do campo assistencial para o cuidado individual e coletivo, gestão, vigilância, investigação e educação em saúde. São ofertadas 60 vagas/ano, para especialidades como: assistência social, Odontologia, educação física, enfermagem, farmácia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, enfatizando o trabalho multiprofissional. Em cinco anos, 252 residentes foram distribuídos em sete municípios e 28 cenários de prática, que vão para além do território da Unidade de Saúde (UBS), que desenvolvem atividades junto ao Programa Saúde na Escola (PSE) e diversas ações de promoção e prevenção em espaços da comunidade, além das consultas clínicas, de forma individual e/ou compartilhada, num total de 42.660 somente em 2023. A pesquisa para conhecer o perfil do profissional residente do PRMSF tem o caráter quali-quantitativa, feita por meio do google forms, consiste em 27 perguntas fechadas e contou com a participação de 113 residentes (turmas 2020-2024). O segundo momento consistirá num grupo focal. Resultados: Noventa e oito (86,7%) participantes era do Sexo feminino, 94 (855%) se identificou como Mulher cisgênero, 86 (76,8%) Heterosexual, 38 (33,6%) tinha menos de 25 anos de idade e 68 (60,2%) entre 25-36 anos de idade, 82 (72,6%) era solteiro e 29 (25,7%) casado e 99 (88,4%) tinha pelo menos um filho. Com relação à origem social, 80 (70,8%) originou-se de escola pública, 83 (73,5%) conclui a graduação nos últimos cinco anos, em instituições capixabas, em Odontologia (25,9%), enfermagem (20,5%) e Psicologia (12,5%); somente 37 (40,2%) não tinha nenhum pós graduação ao ingressar na residência, 35 (38%) eram especialistas e 26 (29,5%) tinham concluído uma residência. Com relação ao processo de trabalho, 40 (35,4%) não tinham experiência de Atenção e Cuidado em Saúde, 30 (26,5%) tinham experiência na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e 88 (77,9%) não receberam capacitação para o Sistema Único de Saúde (SUS). Com relação às condições de vida, 48 (42,5%) residiam sozinhos e a bolsa era a única receita para 63 (55,8%), 45 (40,2%) não estavam trabalhando antes da RMSF e 16 (14,7%) atuavam 40h ou mais. Considerações finais: A participação feminina no PRMSF é intensa, entre os profissionais de 25-30 anos de idade, solteiros e que residiam sozinho. A maioria não teve experiência em Atenção e Cuidado, na ESF e para o SUS. Para muitos a residência é uma oportunidade para se inserir no mercado de trabalho, pois um número expressivo não se encontrava atuando e trabalhavam menos de 40h/semanais.

     

  • Keywords
  • Residência em saúde, Formação Profissional em Saúde, Educação em Saúde
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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