Apresentação: A prática colaborativa interprofissional em saúde é uma temática que surge para dar vazão às novas demandas mundiais na área, como doenças crônicas e situações de crises, ela ocorre quando profissionais de diferentes formações trabalham entre si e em conjunto com o paciente, família e comunidade oferecendo uma atenção em saúde de elevada qualidade. Para que esse processo chegue até a assistência, é preciso capacitação na temática, principalmente durante a graduação, pois essa fase representa uma grande oportunidade para o aprendizado conjunto entre os discentes quanto aos ganhos que essa temática pode trazer para a atuação profissional. Objetivo: Relatar uma vivência de prática colaborativa na graduação em saúde na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre uma vivência de prática colaborativa, que aconteceu no segundo semestre de 2023, de modo pontual, no componente optativo de “Educação e Prática Colaborativa Interprofissional em Saúde” no Centro de Ciências da Saúde da UFRB. Participaram da vivência discentes do curso de medicina e enfermagem e as docentes da disciplina. Utilizou-se o arco de maguerez como eixo metodológico, na qual as suas 5 etapas foram seguidas: observação da realidade (aproximação estudo de caso), pontos-chave (anamnese conjunta entre estudantes de medicina e enfermagem; levantamento de problemas em pequeno grupo), teorização (revisão teórica do arcabouço sobre prática colaborativa), hipótese de solução (construção de intervenções terapêuticas com a participação de familiar) e aplicação à realidade (discussão com a sala e sugestões de aprimoramento da prática colaborativa em contexto real). No relato foi preservado o anonimato dos participantes da vivência. Resultados: A observação da realidade aconteceu a partir do relato de familiar, o qual buscou-se compreender o levantamento de problemas de um homem idoso, viúvo, morava sozinho, inapetente, hipertenso, ex-tabagista, pós cirúrgico tardio de prostatectomia, astenia, marcha comprometida, dificuldade de relacionamento com a família e com dificuldade de acesso a equipe de saúde da família. Em grupo de 6 estudantes de medicina e enfermagem juntamente com familiar identificou-se como pontos-chave a anamnese conjunta com dados de antecedentes históricos, dados gerais da doença e com as especificidades relacionadas ao cuidado de medicina e enfermagem. A teorização esteve no arcabouço teórico sobre as competências da colaboração interprofissional, as quais foram revisitadas quanto ao trabalho em equipe, comunicação interprofissional e funções e responsabilidades dos futuros enfermeiros e médicos para manejo da situação encontrada. A Hipótese de solução aconteceu com a participação de familiar, onde foram listadas possíveis intervenções terapêuticas estabelecendo prioridades e a participação ativa da família e do paciente neste plano de cuidado/intervenções. A aplicação à realidade foi momento onde todos os discentes e docentes comentaram outros caminhos e possibilidades que podem ser aplicadas no cuidado ao idoso em contexto familiar, dentre eles o trabalho das equipes e-multi. Considerações finais: A implementação de vivências de práticas colaborativas na graduação, possibilitou um maior aprendizado pelos discentes, estimulou o trabalho em equipe e o vislumbrar de como a colaboração interprofissional pode ser aplicada em contexto semelhante.
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