Apresentação: o Ministério da Saúde seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, recomenda que a amamentação seja realizada por 2 anos ou mais, sendo exclusiva até seis meses de idade. Ademais, a introdução alimentar deve ocorrer lenta e gradualmente, a partir dessa faixa etária. Esse estudo tem por objetivo analisar a evolução dos indicadores de Aleitamento Materno Exclusivo (AME), Aleitamento Materno Continuado (AMC) e Introdução alimentar (IA) na macrorregião Norte do estado de Mato Grosso, entre os anos de 2017 a 2023. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, que analisou dados do SISVAN, relativos ao período de 2017 a 2023, tendo como unidades de análise a macrorregião Norte do estado de Mato Grosso (MT). A macrorregião de saúde Norte é formada pelas regiões de saúde de Alto Tapajós, Norte Mato-grossense, Teles Pires, Vale do Peixoto e Vale do Arinos, compreendendo um total de 35 municípios em MT. Os indicadores do AME, AMC e IA foram avaliados em crianças menores de 6 meses, de 6 a 8 meses e de 6 a 24 meses, respectivamente. Para obtenção dos indicadores foram selecionados no módulo gerador de relatórios, os seguintes itens para a busca: tipo de relatório; consumo alimentar; ano e a região de saúde de interesse. O cálculo da prevalência de crianças acompanhadas foi realizado considerando-se o número de crianças acompanhadas, em relação ao número de nascidos vivos. As taxas de AME, AMC e IA foram calculadas considerando o número de crianças em cada condição em relação ao número de crianças acompanhadas no período. Os dados foram exportados e tabulados no Excel®. Resultados: No período de 2017 a 2023 a média de crianças acompanhadas na macrorregião Norte foi de 2.713, com destaque para a região de Teles Pires que ao longo desse período registrou o maior número de crianças nascidas vivas. Em relação ao AME, a região de saúde com desempenho inferior no período avaliado foi Vale do Peixoto, havendo falta de acompanhamento entre os anos de 2017 a 2020. Entretanto, as regiões com as maiores prevalências foram Teles Pires com 62% em 2017, 69,23% em 2020 e 66,25% em 2022 , seguido por Norte Mato-grossense com 72,22% em 2018 , Alto Tapajós com 64,28% em 2019 e Vale do Peixoto com 64,58% em 2023, resultados que se aproximam da média do estado de Mato Grosso, que é de 26,81%. Entre os anos de 2017 a 2023, a taxa de crianças em AMC variou de 32% a 69,90%, nas regiões de Norte Mato-grossense e Vale do Peixoto, respectivamente. Em relação à IA, a região de saúde de Vale do Peixoto apresentou menor acompanhamento no período, variando de 0% a 10,76%, enquanto que Norte Mato-grossense apresentou melhor desempenho nesse indicador, mantendo o acompanhamento em todos os anos sendo que em 2023 alcançou 42,85%, melhor desempenho nesse indicador. Considerações finais: observou-se que a maioria das crianças nascidas vivas no período de 2017 a 2023 na macrorregião Norte, não foram acompanhadas em relação aos indicadores de AME, AMC e IA.