Apresentação: A gravidez é um período de muitas mudanças, com alterações fisiológicas no corpo da mulher para acomodar e nutrir o feto em desenvolvimento. Durante essa fase, são evidenciadas modificações nos sistemas cardiovascular, respiratório, endócrino, urinário e digestivo da mulher. Diante de tantas alterações fisiológicas, a assistência pré-natal é um importante componente da atenção à saúde da mulher, sendo imprescindível que todas tenham acesso a esse acompanhamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a condição de saúde das gestantes brasileiras. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019. Este é um levantamento representativo da população brasileira e de seus residentes em domicílios particulares em todo o território nacional. Foram avaliados, no total, 773 gestantes com 15 anos ou mais. Para avaliação sociodemográfica, foram considerados os módulos C (características gerais dos moradores), I (cobertura de plano de saúde) e J (utilização de serviços de saúde). Classificou-se como adolescente as gestantes com até 18 anos. A análise estatística foi efetuada no software Stata versão 16.0, sendo realizado o Teste Qui-quadrado de Pearson, considerando um nível de significância estatística de 5%. Resultados: A maioria das gestantes avaliadas eram adultas (92,24%) e declararam não possuir plano de saúde (80,47%). A prevalência de gestantes adolescentes sem plano de saúde (93,33%) foi significativamente maior, quando comparado às mulheres adultas (80,47%) (p=0,009). De maneira geral, a maioria das mulheres classificou seu estado de saúde como regular/bom (80,21%). Considerações finais: observou-se que a maioria das gestantes não possuía plano de saúde e classificou seu estado de saúde como regular/bom. As gestantes adolescentes apesentaram uma prevalência significativamente maior de não possuir plano de saúde.