PNEUMOLOGIA SANITÁRIA: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO EM SAÚDE E EDUCAÇÃO PERMANENTE SOBRE TUBERCULOSE EM POPULAÇÕES INDÍGENAS DO AMAZONAS.

  • Author
  • Sediel Andrade Ambrosio
  • Co-authors
  • José Joaquim Carvajal , Cristiane Ferreira da Silva , Sheila de Andrade Ambrósio , Evellyn Siqueira Gonçalves Nunes , Simonara Ramos Goes , Henrique Ferreira Vaz , Suellen de Andrade Ambrósio , Liciana Alberta Coimbra de Moraes
  • Abstract
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    Apresentação: O Distrito Sanitário Especial Alto Rio Negro localiza-se na região de fronteira com a Colômbia e Venezuela, abrange 03 municípios (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos). Atendendo a um conjunto de mais de 23 povos indígenas que residem no território, falantes de línguas das famílias Tukano Oriental, Aruak e Maku. Dentro do troco Tukano Oriental tem-se as etnias Tukano, Dessana, Tuyuca, Wanana, Bará, Kubeu, Barassana, Piratapuia, Tariana, Miriti-Tapuya, Arapasso, Karapanã, Makuna e Siriano.  O tronco Aruak é composto pelas etnias Baré, Baniwa, Werekena, Kuripaco.  Já no tronco Maku encontram-se as etnias Hüpd’ah, Nädeb, Yuhup’deh e Dow. Também está presente no território a etnia Yanomami que é atendida pelo DSEI Yanomami. Os indígenas vivem em 747 aldeias, com 32.720 indígenas (SIASI/DIASI/ARN, 2020), em uma área aproximada de 138.020,94 KM2. Possui em sua área de abrangência 25 polos base as atividades de Educação em Saúde sobre o agravo da Tuberculose no contexto da saúde indígena, tornam-se tarefas mais complexas para serem implementadas nos territórios da Amazônia, dadas as especificidades culturais da região. Desenvolvimento: Na região do Rio Negro, é muito comum que o fogo esteja presente dentro dos domicílios nas aldeias por questões culturais e, cientificamente, sabe-se que isto a longo prazo acarreta mais malefícios, do que benefícios, agravando comprometimentos respiratórios e pulmonares. Concomitante a esta peculiaridade, existe a necessidade de que sejam melhoradas as orientações e preparo dos profissionais de saúde que adentram ao serviço para atuação no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, pois o que fica evidente na prática é que muitos não compreendem questões básicas descritas na Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e Nota Técnica Nº17/2018-DIASI/CGAPSI/DASI/SESAI/MS voltada para a vigilância em saúde e para subsídio dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas espalhados pelo Brasil. Resultados:  No entanto há uma clara fragilidade e desatualização da maioria dos profissionais de saúde que adentram o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, pois em suas atividades laborativas, ignoram saberes e práticas das medicinas indígenas, além do próprio contexto diferenciado de cada região que colabore para quebrar a cadeia de transmissão entre as populações indígenas, por diversos fatores, incluso pela falha na vigilância realizada pelos profissionais responsáveis por atendimentos nas unidades de saúde, falha no diagnóstico feito em territórios indígenas, especialmente aos realizados nas unidades da saúde indígena e também  pela cultura e alguns hábitos específicos de algumas etnias mais vulneráveis. Considerações finais:  Diante desse cenário, além da educação em Saúde voltada para a população em geral, e a educação Permanente intensificada para os profissionais de saúde, tem se tornado uma das principais ferramentas na melhoria dos resultados dos indicadores referente as doenças respiratórios e pulmonares, sobretudo a Tuberculose Pulmonar. Desta forma a qualificação dos profissionais da saúde indígena sobre este agravo tem sido fortalecida nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas da região norte, considerando a elevada incidência de casos da região, e a partir disso são implementadas atividades de Educação em Saúde coerentes a cada território e etnia.

     

  • Keywords
  • Tuberculose, DSEI, indígena
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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