Apresentação: Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa de literatura, cujo tema aborda as potencialidades da educação popular na atenção primária à saúde. Objetivo: Conhecer, de forma integrativa, as potencialidades da educação popular em saúde do paciente dentro da atenção primária à saúde. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura de artigos buscados nas bases de dados SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “saúde na comunidade” AND “promoção da saúde”. Foram incluídas literaturas publicadas nos últimos dez anos e foram excluídos os artigos que fugiam ao tema principal. Resultados: A Educação Popular, assim como a Educação Permanente em Saúde - instituída na década de 1980 dentro da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS), têm como aspecto norteador a autonomia do sujeito, valorizando tanto os saberes populares quanto os técnicos. Neste contexto, o indivíduo, a partir da consciência crítico-reflexiva, se mostra como um ente, por si só, mobilizador de ações promotoras de saúde nas situações cotidianas de vida, marcando a participação cidadã e o respeito à diversidade. As práticas desenvolvidas pelas pessoas expressam suas vivências e significados, agregando sentido ao autocuidado e às relações como meios de promoção à saúde e ressaltando que saúde não se promove estritamente por profissionais de saúde. Dessa forma, o saber popular e a sua potencialidade na geração de saúde devem ser reconhecidos como fatores de valor e de estratégia, podendo ser somados ao diálogo com os profissionais de saúde com o objetivo de ampliação de vínculo, autonomia e autocuidado para cada indivíduo e para a comunidade. Como resultado, a Educação Popular pode ser estratégica para maior aderência ao plano de cuidado em saúde, melhorando a experiência do indivíduo dentro do Sistema de Saúde. Considerações finais: na Educação Popular (EP) há uma ênfase na valorização do conhecimento individual, estimulando uma visão crítica e reflexiva acerca das ações de promoção à saúde, ora restritas aos profissionais da saúde. Assim, a EP dá ênfase ao diálogo aberto sobre saúde com os membros da sociedade, valorizando suas identidades culturais e reconhecendo-os como agentes críticos mobilizadores e promotores de saúde.