INTRODUÇÃO: O serviço de saúde mental na atenção básica tem um papel importante no que diz respeito à identificação, mapeamento e acolhimento de demandas, as ações devem seguir o modelo de cuidado em rede, buscando o estabelecimento de vínculo com os usuários, sendo ações fundamentadas pelos princípios da Reforma Psiquiátrica e do SUS. A partir disto, uma das ações da Terapia Ocupacional junto a Equipe Multiprofissional é a realização de grupos de convivência, proporcionando reflexões sobre os atravessamentos que impactam a participação social, a convivência dos usuários do território e os marcadores sociais que influenciam no cotidiano dos mesmos. OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo relatar e refletir sobre a atuação da Terapia Ocupacional no campo da saúde mental, na realização de grupos de convivência e de como as questões territoriais e comunitárias influenciam neste processo, de vinculação e participação dos usuários. METODOLOGIA: O estudo se trata de um relato de experiência de estudantes do estágio curricular obrigatório da graduação em Terapia Ocupacional, pela Universidade Federal de Santa Maria. Os grupos de convivência acontecem tanto na Unidade quanto no centro comunitário do território, sendo composto por profissionais da saúde e por adultos usuários de duas Estratégias de Saúde da Família na região leste de Santa Maria - RS, que demonstrem interesse em participar do mesmo, sendo realizados uma vez por semana. RESULTADOS: A realização de grupos é bastante presente nas práticas em terapia ocupacional, utilizados como dispositivo de intervenção e cuidado, sendo estes, espaços de produção de subjetividade em que os sujeitos participantes podem ser impactados em diversas dimensões. Os grupos se fazem por meio de uma relação horizontal, e esta acaba se tornando um facilitador para construção do vínculo entre terapeuta- usuário, até mesmo entre serviço- usuário, sendo significativo para a manutenção deste espaço e também para a realização das intervenções sobre as demandas e para aquilo que faz sentido aos pertencentes do grupo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização dos grupos no território tem um papel importante ao fortalecer a interação e participação social dos usuários, o vínculo com os serviços e profissionais de saúde, além de potencializar a autonomia e possibilitar outros modos de circulação na comunidade. Refletindo na produção de vida, principalmente ao se pensar em cotidianos marcados pela classe social, em que a vulnerabilidade social impacta diariamente seus cotidianos.
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