Apresentação: A lombalgia, caracterizada pela dor na região lombar, é um dos sintomas mais prevalentes na população e uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Esta afecção afeta significativamente a qualidade de vida dos indivíduos, impactando suas atividades diárias e produtividade. No entanto, é reconhecido que grande parte dos casos pode ser tratada eficazmente com cuidados primários de saúde . Nesse contexto, a educação em dor e saúde emerge como uma ferramenta essencial na atenção primária à saúde. A educação em dor e saúde compreende um conjunto de estratégias que visam fornecer informações e habilidades aos pacientes e profissionais de saúde para compreenderem e lidarem melhor com a dor. Por meio de abordagens educativas, busca-se capacitar os indivíduos a adotarem medidas preventivas, técnicas de autorregulação da dor e a promoverem estilos de vida saudáveis. Diante desse contexto, o presente trabalho teve como objetivo realizar um relato de experiência sobre uma ação de educação em dor e saúde, focado na lombalgia, realizado em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família (USF) em Vitória, ES. Desenvolvimento do Trabalho: A ação foi realizada no auditório da USF Dr. Bolivar de Abreu, localizado no Forte São João, em Vitória, ES, conduzido por uma fisioterapeuta e um profissional de Educação Física residentes em saúde da família. Os participantes, usuários adscritos à unidade de saúde com encaminhamento médico para avaliação fisioterapêutica por dor lombar crônica, foram convidados via ligação telefônica e pela entrega pessoal de convites pelas Agentes Comunitárias de Saúde. Foram realizados dois encontros, com duração média de 50 minutos, abordando diversos aspectos da lombalgia, como anatomia, biomecânica, prevenção e manejo da dor, exercícios terapêuticos e ergonomia. A metodologia incluiu apresentações teóricas com apoio de slides, dinâmicas de mitos e verdades para discussões em grupo e demonstrações práticas de exercícios. Resultados: Foram convidados 37 usuários, e destes seis compareceram e participaram da ação, sendo três em cada encontro. Os participantes avaliaram positivamente o grupo de educação em dor e saúde, destacando a melhora na compreensão da lombalgia, o aprendizado de estratégias para lidar com a dor e a promoção de hábitos saudáveis. Além disso, houve relatos de redução da intensidade da dor e aumento da funcionalidade após a participação nos encontros. A baixa adesão suscita reflexão sobre seus possíveis motivos, como a escassez de tempo dos usuários, dificuldades de locomoção até a unidade de saúde e falta de conscientização sobre a relevância da educação em saúde para gerir a lombalgia. Apesar disso, os profissionais consideram que o grupo atendeu às expectativas de forma notável, o número de participantes permitiu escuta qualificada de cada caso, possibilitando uma abordagem completa e personalizada. Considerações Finais: A ação de educação em dor e saúde se mostrou uma intervenção relevante e eficaz, apesar dos desafios encontrados, demonstrando o comprometimento dos profissionais e o potencial impacto positivo na qualidade de vida dos participantes. É necessário continuar buscando estratégias para aumentar a adesão e o alcance dessas iniciativas, visando assim beneficiar um maior número de indivíduos na comunidade.
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