Trata-se de relato de experiência da extensão universitária cujo projeto visava disseminar informações sobre a política de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de mídias sociais e plataformas digitais. O SUS é uma das principais políticas públicas do Brasil, porém, muitas pessoas, incluindo estudantes universitários e a comunidade em geral, não têm amplo conhecimento sobre o seu funcionamento ou sobre as diversas políticas de saúde, especialmente no campo da saúde mental. E entendemos que a comunidade desempenha um papel crucial na efetivação do direito à saúde. O envolvimento da sociedade, a responsabilidade individual e a ação governamental devem trabalhar em conjunto para garantir tal direito a todos. Este relato de experiência utilizou mídias e plataformas digitais para promover a educação em saúde e divulgar a política de saúde mental do SUS. Foram criados conteúdos informativos, e divulgados por meio de comunicação nas redes sociais Instagram e WhatsApp. Os temas abordados compreendem a parte integral da política de saúde mental do SUS e reforçam uma abordagem mais humanizada e inclusiva : a)“Política de saúde mental no SUS”, incluindo os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que oferecem atendimento diário a pessoas com transtornos mentais graves; b)“residências terapêuticas”, que são moradias destinadas a pessoas com transtornos mentais reintegrados à sociedade; c)“desinstitucionalização de saúde mental”, que visa a reinserção de pacientes na sociedade e a redução da dependência de hospitais psiquiátricos; e d) “integração da saúde mental na Estratégia de Saúde da Família”, que busca promover cuidados em saúde mental no nível primário, com equipes multidisciplinares atendendo diretamente nas comunidades. As postagens tiveram um alcance significativo, atingindo 1.231 pessoas. Recebemos 238 curtidas, o que indicou um nível considerável de engajamento e aceitação do conteúdo. Além disso, houve bom número de compartilhamentos e comentários, demonstrando que as mensagens não apenas alcançaram um público amplo, mas também incentivaram a interação e a disseminação de informações. Os compartilhamentos contribuíram para aumentar a visibilidade do projeto, levando a mensagem ao público mais amplo. Os comentários permitiram que compreendêssemos melhor as dúvidas e as preocupações da comunidade, possibilitando um diálogo direto com as pessoas interessadas. Ao abordar questões relacionadas à saúde mental, enfrentamos o desafio de usar uma linguagem acessível e direta, capaz de transmitir informações seguras à população. E para isso, foi essencial criar um conteúdo que fosse atraente e cativante, pois, diferente de encontros presenciais, a mídia digital precisa capturar a atenção do público rapidamente e mantê-la para passar a mensagem de forma clara. No entanto, era crucial garantir que essas mensagens fossem precisas, evitando a disseminação de informações incorretas ou sensacionalistas. Além disso, a linguagem usada precisava ser inclusiva, evitando estigmas associados à saúde mental e promovendo um entendimento humanizado do tema. Esses desafios são significativos, mas com uma abordagem cuidadosa e sensível, foi possível superar obstáculos e contribuir para a promoção da educação em saúde, criando uma comunicação digital que realmente fez diferença na conscientização sobre saúde mental e no entendimento da política do SUS.
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