Apresentação: A realização da higiene das mãos, conforme os cinco momentos estabelecidos pela ANVISA, é uma das ações mais eficazes e de baixo custo para prevenir a transmissão de doenças. Além disso, é a quinta meta de segurança do paciente, tornando-se essencial investir na educação continuada dos colaboradores para que possam exercer adequadamente a técnica, utilizando os produtos conforme protocolo. Objetivo: Explorar a relevância da educação continuada na promoção e sustentação da adesão à prática de higiene das mãos. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que visa descrever vivências sobre o trabalho conjunto realizado entre o Núcleo de Educação Permanente (NEP), Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (SCIRAS) e o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) acerca da educação continuada sobre a técnica e insumos utilizados para a realização adequada de higiene das mãos em um hospital privado de Natal/RN. Mensalmente, é disparado um treinamento sobre higiene das mãos, que inclui dinâmicas lúdicas facilitadoras do aprendizado. Além disso, estabelece-se que todas as áreas deveriam ser treinadas, independentemente de estarem na assistência direta ou não ao paciente, uma vez que todos os profissionais podem, em algum momento, ter contato com o paciente. Ressalta-se que a eficácia do treinamento é avaliada por meio do indicador de adesão à higiene das mãos. Esta ação vem ocorrendo desde o ano de 2022 e tem contribuído para a consolidação da cultura de higiene das mãos dentro do hospital. Resultados: No ano de 2022, no início do projeto, estabelecemos uma meta de adesão à higiene das mãos de 75%. Iniciamos então os treinamentos mensais, observando que a adesão sempre se manteve acima da meta, alcançando até 80% em vários meses ao longo do ano. Diante desse sucesso, decidimos aumentar a meta para 80% em 2023. Surpreendentemente, os setores superaram essa meta em todos os meses, atingindo impressionantes 90% de adesão em três ocasiões ao longo do ano passado. Outro indicador crucial que nos permite avaliar a eficácia desses treinamentos é a taxa de Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS). Observamos que, quando há uma adesão elevada à higiene das mãos, a incidência de infecções diminui. Isso é corroborado pela redução da taxa de infecção de 0,5 em 2022 para 0,2 em 2023. Considerações finais: Percebe-se que a educação permanente sobre higiene das mãos reflete consideravelmente na melhoria contínua dos indicadores, contribuindo para a diminuição dos eventos adversos durante a assistência ao paciente.
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