Apresentação: A área da saúde se destaca pela sua ampla dinâmica e complexidade, desafiando constantemente os profissionais a se aperfeiçoarem. Diante disso, a Educação Interprofissional em Saúde (EIP) mediada por uma vivência é uma estratégia fundamental na formação, pois proporciona um ambiente propício à troca de experiências, conhecimentos e perspectivas. A interação entre diferentes especialidades não apenas enriquece a compreensão coletiva, mas também transcende as fronteiras tradicionais do campo de atuação, fomentando uma abordagem mais integrada, holística e sensível as variantes socioculturais, econômicas e raciais, ampliando a capacidade de oferecer cuidados atentos às particularidades de cada indivíduo e comunidade, emergindo como um componente essencial da colaboração interprofissional. O objetivo é relatar uma vivência interprofissional no processo de formação em saúde de graduandos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência sobre uma vivência interprofissional realizada em uma das aulas do componente “Educação e Prática Colaborativa Interprofissional” no Centro de Ciências de Saúde da UFRB, no segundo semestre de 2023. A prática foi realizada entre discentes dos cursos de enfermagem, medicina e psicologia, sendo dividida em três momentos. Primeiro, os discentes tiveram contato com um relato de caso, no qual se aproximaram de uma vivência interprofissional com a atenção centrada no paciente. Em seguida, eles experienciaram uma ação simulada em pequeno grupo de prática colaborativa ao assumir a posição de profissionais de saúde e usuário para identificação e resolução dos problemas. Por fim, apresentaram em sala de aula sobre o trabalho realizado, as atribuições de uma equipe interprofissional e a importância da atenção centrada no paciente. Resultados: A partir das experiências relatadas percebeu-se o quanto a vivência interprofissional é uma estratégia enriquecedora na formação em saúde. A interação entre os estudantes dos três cursos contribuiu para um momento de aprendizado conjunto, em que eles partilharam as experiências, conhecimentos e perspectivas a partir de um relato de caso. Durante a simulação, os graduandos experimentaram o quão imprescindível é a atenção centrada no paciente, além de utilizarem uma abordagem integrada e holística nos cuidados de saúde. A partir da discussão realizada após a simulação, os envolvidos identificaram e resolveram problemas de forma colaborativa, desenvolvendo habilidades essenciais para o trabalho em equipe. Outrossim, a exposição da vivência em sala de aula permitiu que os participantes partilhassem suas reflexões e aprendizados com a turma, consolidando o entendimento das atribuições de uma equipe interdisciplinar e a importância da assistência centrada na pessoa. Os resultados obtidos enfatizam a magnitude da EIP como uma abordagem inovadora na formação, preparando-os para encarar os desafios do sistema de saúde de forma humanizada, sensível e competente. Considerações finais: Conclui-se que as atividades simuladas de vivências interprofissionais são efetivas e enriquecedoras para a EIP e futuras práticas colaborativas, pois aprimoram o desenvolvimento da comunicação e partilha de conhecimentos e perspectivas, consolidam o entendimento sobre as atribuições de uma equipe interprofissional e proporciona momentos de reflexões e aprendizados. Além disso, foi possível compreender a necessidade do cuidado centrado no paciente com o envolvimento do mesmo.