Introdução: Em 2021 o Mato Grosso do Sul havia uma taxa de detecção do HIV em gestantes 2,8/1.000 NV. As mulheres residentes em cidades fronteiriças, muitas vezes, convivem em locais diferentes da sociedade de origem, sofrendo influências que podem estar associadas às altas taxas de infecção pelo HIV. Objetivo: Analisar as características sociodemográficas e laboratoriais de gestantes infectadas pelo HIV residentes em municípios de fronteira de Mato Grosso do Sul. Método: Estudo epidemiológico, evidência clínicas e laboratoriais das gestantes notificadas com a infecção pelo HIV residentes na linha de fronteira internacional de Mato Grosso do Sul, entre 2012 a 2020. Elaborou-se um banco de dados utilizando o software Microsoft Office Excel® para a análise dos dados. Resultados: Foram notificados 117 casos, sendo 74,7% tinham idade igual ou maior de 20 anos, 41,7% tinham de 4 a 7 anos de estudos e 61,3% eram pardas. Em relação à ocupação 89,3% eram do lar e 50% tinham parceiros. Em relação aos exames laboratoriais carga viral foi coletada em 85,4% em 83,3% das gestantes houve coleta da contagem de T-CD4+. Conclusão: O perfil foi de mulheres jovens, baixo nível de instrução, situação socioeconômica vulnerável e a condição laboratorial não foi realizada em todas gestantes, evidencia-se a necessidade do fortalecimento de uma política pública de saúde resolutiva, a fim de estreitar laços e efetivar acordos bilaterais e sanitários. Há ainda a necessidade de fortalecimento da assistência e o acolhimento no pré-natal ofertada às gestantes infectadas pelo HIV e a regionalização do serviço ofertado.
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