Introdução: O processo saúde-doença engloba diversos fatores e, para monitorar a situação de saúde dos usuários de serviços públicos, são necessárias ações como as de vigilância em saúde, a qual envolve o diagnóstico comunitário. Objetivo: Relatar a experiência de uma acadêmica do quarto semestre da graduação de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) por meio do contato com vigilância em saúde e com o diagnóstico comunitário e discorrer acerca da relevância dessa experiência para a sua formação acadêmica. Método: Trata-se de um relato de experiência elaborado a partir da inserção na disciplina de Enfermagem e Vigilância em Saúde, ofertada pelo curso de graduação em Enfermagem. Resultados: As vivências práticas da disciplina, iniciadas no primeiro semestre letivo de 2024 e ainda em andamento, ocorrem em uma Unidade Básica de Saúde recentemente inaugurada no município de Santa Maria. Assim, os discentes foram convidados a auxiliar a agente comunitária a efetuar o cadastramento das famílias, realizado a partir de formulários de cadastro domiciliar e de cadastro individual fornecidos pelo e-SUS. Logo, a partir das visitas domiciliares para realizar o cadastramento proposto, compreende-se a dimensão da relevância da vigilância em saúde e, em especial, do uso do diagnóstico comunitário para subsidiar as ações de saúde. Nesse sentido, conhecer os indivíduos, suas condições socioeconômicas e as questões sociodemográficas do território em que residem, permite o planejamento de ações de saúde específicas para o público-alvo. Sob esse viés, o profissional de enfermagem, em posse dessas informações, pode melhor direcionar a gestão da unidade em que é responsável, a fim de fornecer um atendimento adequado às necessidades dos usuários. Ademais, cabe destacar que oportunidades como a referida são de suma importância para a formação, pois possibilitam a compreensão de como a teoria ensinada em sala é efetivamente aplicada em cenários com situações de saúde diversas. Considerações finais: A inserção em atividades práticas relacionadas às ações nas comunidades e o uso de ferramentas ofertadas pela vigilância em saúde corroboram para a formação do estudante de Enfermagem. Sendo assim, vivências como a abordada são de grande valia, visto que instigam o senso crítico, estimulam a busca por novos conhecimentos e promovem a reflexão sobre formas de planejamento e gestão para melhor atender aos usuários. Dessarte, fica evidente que as atividades vivenciadas impactarão diretamente no futuro profissional do discente.