A meta deste estudo é revelar as narrativas de resistência e as histórias silenciadas das mulheres enfrentadas à violência de gênero por meio da análise das rotas críticas que acontecem em busca de justiça e segurança. Nosso objetivo é amplificar suas vozes, desafiar estigmas e tabus relacionados à violência contra a mulher, além de identificar lacunas nos sistemas de apoio e propor soluções para uma abordagem mais eficaz e compassiva. Por meio de entrevistas, análise de casos e revisão de literatura, mergulhamos nas experiências das mulheres que vivenciam diferentes formas de violência de gênero, desde o abuso doméstico até o assédio sexual e o feminicídio. Mapeamos as rotas que percorrem em busca de ajuda, examinando os obstáculos enfrentados ao interagir com instituições como a polícia, serviços de saúde e sistemas judiciais. Também exploramos estratégias de resistência e apoio utilizadas por essas mulheres, incluindo redes de solidariedade, organizações comunitárias e recursos de autoajuda. Nossas descobertas revelam a complexidade e a urgência da questão da violência contra a mulher, evidenciando a interseccionalidade de fatores como raça, classe e orientação sexual na experiência das vítimas. Identificamos lacunas significativas nos sistemas de apoio existentes, incluindo a falta de sensibilidade de profissionais, a escassez de recursos financeiros e a insuficiência de abordagens integradas de cuidado e prevenção. No entanto, também destacamos os exemplos de resistência e solidariedade que emergem das narrativas das mulheres, indicando caminhos possíveis para a transformação social e a construção de uma cultura de respeito e equidade de gênero. Concluímos que é crucial dar voz às narrativas das mulheres e envolvê-las ativamente na formulação de políticas e práticas que visem erradicar a violência de gênero. Além disso, recomendamos a implementação de medidas concretas para fortalecer os sistemas de apoio, promover a conscientização e responsabilizar os agressores, a fim de garantir que todas as mulheres possam viver livres de violência e com dignidade.