Apresentação: O objetivo do trabalho foi avaliar o risco de distúrbio alimentar pediátrico de lactentes saudáveis, em fase de introdução alimentar, bem como comparar estas variáveis entre grupos que receberam ou não orientação nutricional e fonoaudiológica especializada. Método do estudo: estudo transversal com lactentes, em fase de introdução alimentar. O Grupo Estudo foi composto por lactentes que os pais receberam orientação nutricional e fonoaudiológica para introdução alimentar e o Grupo Controle foi composto por lactentes que os pais não receberam orientação por esses profissionais. Foram coletadas informações de prontuários e realizada entrevista para traçar o perfil clínico. Para avaliar o risco de distúrbio alimentar pediátrico foi utilizado a Escala Brasileira de Alimentação infantil. Resultados: foram avaliados 60 lactentes, em fase de introdução alimentar. O Grupo controle apresentou maior risco de distúrbio alimentar pediátrico, sendo 33,33% classificados com risco leve a moderado. Considerações finais: verificou-se que a orientação nutricional e fonoaudiológica para o início da alimentação complementar tem papel protetor para o distúrbio alimentar pediátrico. O fato do instrumento utilizado para avaliação levar em consideração as percepções dos familiares, demostra que o Grupo controle podem ter uma expectativa equivocada quanto à qualidade e quantidade de alimento que deveria ser ingerido pela criança nesta fase, sendo justificado por não terem tido o acompanhamento adequado e multiprofissional no inicio da alimentação complementar. Os distúrbios alimentares na infância apresentam alta prevalência, gerando consequências extremamente negativas para a criança e a família, uma vez que a alimentação está associada ao desenvolvimento social, emocional, físico e cognitivo.