CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA SEXUAL SOFRIDA POR ALUNAS DE ENFERMAGEM AO LONGO DA VIDA

  • Author
  • ISANA BRONZEADO GUIMARÃES
  • Co-authors
  • LINDEMBERG ARRUDA BARBOSA , FIHAMA PIRES NASCIMENTO , SABRINA LEITE DE SOUZA , JOISSY GALDINO MEDEIROS , LUCAS GUILHERME DA SILVA DUQUE , TAMIRES PAULA GOMES MEDEIROS , EMANUELLA DE CASTRO MARCOLINO , RENATA CLEMENTE DOS SANTOS RODRIGUES
  • Abstract
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    Apresentação: a violência sexual é definida como qualquer ato sexual ou comportamento de natureza sexual que ocorre sem o consentimento de uma das partes. Isso pode incluir coerção, pressão, manipulação ou qualquer forma de forçar a outra pessoa a se envolver em atividades sexuais contra a sua vontade. A falta de consentimento pode resultar de várias circunstâncias, incluindo o uso de violência física, ameaças, manipulação emocional, incapacidade de consentir devido à intoxicação por álcool ou drogas, ou simplesmente a ausência de um "sim" claro e voluntário. A violência sexual afeta predominantemente as mulheres devido à persistente desigualdade de gênero e à discriminação arraigada. Essa forma de violência pode ocorrer em uma variedade de contextos, incluindo espaços públicos, ambientes privados, lares, locais de trabalho e outros, tendo um impacto profundamente negativo no bem-estar das vítimas. Diante desse cenário, dada a predominância da violência sexual contra as mulheres e a composição majoritariamente feminina do curso de Enfermagem, é pertinente investigar esse fenômeno entre as estudantes universitárias. Objetivo: identificar o perfil de situações de violências sexuais em alunas da graduação de enfermagem ao longo da vida. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de um estudo transversal, realizado com 204 estudantes de enfermagem regularmente matriculadas em duas universidades públicas da cidade de Campina Grande, na Paraíba, entre os meses outubro e novembro de 2023. A pesquisa foi direcionada mediante um questionário sociodemográfico seguindo os parâmetros da Resolução CNS/466 de 2012, sendo apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética da UNIFACISA e o World Health Organization Violence Against Women, seção 10. Os dados foram analisados por estatística descritiva com auxílio dos softwares Excel e SPSS (Statistical Package for the Social Science) versão 21. A apresentação dos dados se deu por meio de tabelas. Resultados: a maioria das participantes identificou-se como pertencente à etnia ou cor branca (52%), com idade entre 18 e 22 anos (79,8%), sendo solteiras (95,6%) e sem filhos (98,5%), apenas estudantes (90,6%) e sem renda (78,7%), residindo na zona urbana (91,2%). Os resultados revelaram que 78,4% das alunas sofreram violência emocional, cerca de 23,5% foram vítimas de violência física e 15,7% das participantes relataram ter sofrido violência sexual. Considerações finais: conclui-se que parcela relevante das estudantes sofreram violência sexual ao longo da vida. É válido ressaltar que a violência sexual afeta o bem-estar biopsicossocial das mulheres, portanto, evidencia-se a necessidade de uma abordagem holística à saúde das vítimas, o planejamento de intervenções e a reformulação das políticas assistenciais abrangentes para combater e reduzir a violência sexual.

     

  • Keywords
  • Enfermagem; Violência sexual; Educação; Saúde da mulher.
  • Subject Area
  • EIXO 7 – Rotas Críticas - Narrativas de Violência Contra a Mulher
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