APRESENTAÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, oferta desde procedimentos de baixa complexidade, como a aferição da pressão arterial, até procedimentos de alta complexidade, como um transplante de órgãos, garantindo um acesso integral, universal e gratuito à saúde para toda a população brasileira. A legislação desse sistema prevê o direito à saúde de todos os brasileiros, sendo dever do estado garantir o acesso à toda população, sem discriminação ou preconceito. No entanto, na prática, o sistema ainda possui alguns obstáculos a este acesso que necessitam de mais atenção. OBJETIVO: Analisar as dificuldades que a população negra enfrenta para se ter acesso ao Sistema Único de Saúde. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata- se de uma revisão integrativa da literatura, realizada na base de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO, utilizando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “População Negra”, “Acessibilidade aos Serviços de Saúde” e “Saúde Pública” cruzados com o operador booleano AND. A seleção de dados respeitou os critérios de inclusão/exclusão, nos quais os critérios de inclusão foram artigos originais completos, que se enquadrassem ao tema e objetivo proposto, publicados entre os anos de 2019 e 2024 nos idiomas português, inglês e espanhol. Já os critérios de exclusão foram artigos pagos, inconclusivos, repetidos, revisões bibliográficas e anteriores ao ano de 2019. RESULTADOS: Após a busca foram encontrados 50 artigos, restando 8. A partir disso, percebe- se a presença de diversos desafios a assistência à saúde da população negra no âmbito da atenção básica mediante ao despreparo dos profissionais mediante a vulnerabilidade e a falta de empatia continuada, que se tornam questões próximas e desafiadoras que são enfrentadas diariamente. Visto que a população negra ainda apresenta maior vulnerabilidade social, econômica e bem-estar psicológico, o que reflete a uma menor expectativa de vida e maior susceptibilidade a agravos. A existência do preconceito racial, ainda que fortemente combatida, ainda encontra- se presente no âmbito social e necessita de intervenção nas instituições de saúde visando atender o indivíduo considerando sua integralidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Uma vez que, a Atenção Básica (AB) é a porta de entrada do sistema de saúde, aponta- se a necessidade de ampliar ações de Educação Permanente em Saúde voltada aos profissionais de saúde da AB, no que diz respeito a universalidade e a integridade de todos os cidadãos, sem nenhum tipo de preconceito racial, assim como visa os princípios que regem o Sistema Único de Saúde (SUS).