Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são infecções causadas por diversos microorganismos patogênicos e transmitidas por meio do contato sexual sem o uso de preservativos, com uma pessoa que esteja infectada. Diversos são os problemas relacionados ao aumento da incidência dessas doenças na população, como a falta de informação, a ausência de educação sexual adequada e o estigma social. Objetivo: Entender quais os fatores que influenciam no crescimento do número de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis na coletividade. Metodologia: Estudo descritivo, na modalidade revisão bibliográfica narrativa, que utilizou estudos descritivos, de trabalhos publicados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed. Resultados: Muitos estudos demonstraram que a elevação da ocorrência de IST’s advém, em grande parte, da escassez de informações acerca do assunto, especialmente no que tange o processo de prevenção das doenças, os tipos de infecções, os sintomas, a transmissão e as consequências para a saúde pessoal e social. Paralelamente a isso, a insuficiência na implementação da educação sexual nas escolas também é um fator que corrobora com o aumento dos casos, pois, tradicionalmente, essa educação institui o esclarecimento sobre saúde corporal e suas integralidades, ou seja, ela é capaz de transformar e emancipar o indivíduo para cuidar de si mesmo e da coletividade. Entretanto, com base em tabus culturais e no conservadorismo religioso, a educação sexual nas escolas é pouco efetivada e abordada, o que pode elevar a fragilidade de jovens e adolescentes a essas doenças. Ademais, a falta de acesso aos serviços de saúde contribui com essa conjuntura quando limita o alcance não apenas a informações cruciais ao processo saúde - doença, mas também aos testes, ao diagnóstico, aos tratamentos e ao aconselhamento médico acerca das infecções. Por fim, não menos importante, as desigualdades e as exclusões sociais são participativas na influência dos riscos no desenvolvimento de IST’s, visto que as famílias com vulnerabilidade socioeconômica são impedidas de acessarem recursos essenciais no alcance da qualidade de vida e na adoção de ações necessárias a sua segurança. Conclusão: Em vista disso, é fato que o aumento do número de casos de IST’s na população está atrelado não somente a debilidade na democratização de informações fundamentais, mas a todos os fatores relacionados ao meio social, como a deficiente no acesso aos serviços de saúde, a ausência de educação integrativa nas escolas, ao forte estigma social em torno das doenças e, enfim, as fragilidades socioeconômicas. Nesse sentido, medidas são essenciais para conter o avanço no desenvolvimento dessas infecções e promover maior qualidade de vida às pessoas.