Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) se caracteriza como um distúrbio neurobiológico de origem genética que se manifesta na primeira infância e pode perpetuar até a idade adulta. Apesar de não ser determinado como um distúrbio de comportamento, pode incluir ações de impulsividade e hiperatividade. A combinação dessas sintomatologias às dificuldades de aprendizado, às ansiedades emocional e social e aos problemas de comunicação contribui para a prevalência de 5% na população dessa condição. Os tratamentos tradicionais se endossam na combinação de medicamentos, psicoterapia e fonoaudiologia. A terapia musical se trata da correlação entre arte e saúde, visando promover comunicação, expressão e aprendizado e tendo uso para melhoria da organização do paciente bem como a sua reabilitação. Esse tratamento, cuja estruturação remonta à época da Segunda Guerra Mundial, pode ser realizado pela escuta passiva do paciente, quando o paciente ouve a música tocada por outrem, ou ativa, quando participa da performance da música junto ao musicoterapeuta. Benefícios dessa metodologia terapêutica foram observados em condições como Alzheimer, ansiedade, autismo e TDAH. Objetivo: Observar a diminuição das consequências associadas à hiperatividade e ao déficit de atenção nos pacientes diagnosticados com TDAH submetidos à terapia musical. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura na plataforma digital PubMed, com os descritores “ADHD” e “music therapy” amparados pelo operador booleano “AND”, sendo selecionados os artigos em língua inglesa que se caracterizavam como ensaio clínico e revisão sistemática, limitando a busca ao período de 2019 a 2024. Dos cinco artigos encontrados, três foram lidos na íntegra. Artigos com temáticas adicionais e duplicados foram excluídos. Resultado: Dos resultados encontrados, um dos artigos mostrou quatro estudos que determinaram a música como distrator ainda que em baixa escala e seis que a indicaram como auxiliadora de habilidades, como na aritmética, na leitura e na atenção. O segundo artigo demonstrou declínio significante dos sintomas após a intervenção musical, com aumento da função cognitiva em crianças, com melhorias perceptíveis na memória e na atenção. O último artigo também encontrou progresso nos testes de atenção e na qualidade de vida após o uso de terapia musical em crianças com suspeita de TDAH. Conclusão: Em termos gerais, pode-se estabelecer que a terapia musical apresenta uma abordagem única no tratamento do TDAH. A melhoria significativa na concentração, nas habilidades de organização e na regulação emocional é proporcionada pela integração dos elementos musicais dessas sessões. Assim, a terapia musical se mostra como aliada na terapêutica desse transtorno, oferecendo benefícios que ultrapassam os limites da terapia convencional, proporcionando a atenuação dos seus sintomas.
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