AUTONOMIA DA ENFERMAGEM DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS.

  • Author
  • Daiana Cristina Wickert
  • Co-authors
  • Marlise Capa Verde Almeida Mello , Inajara Cagliari Fernandes , Isabella Goulart Gonçalves , Carla Kalline Alves Cartaxo Freitas , Diéssica Roggia Piexak , Maria Denise Schimith , Daniela Dallegrave
  • Abstract
  • É importante refletir acerca das possibilidades que as PICS representam para a enfermagem, em relação ao acesso, a aproximação aos cuidados complexos e à integralidade. O presente resumo tem como objetivo compreender a inserção das PICS no cotidiano de trabalho das enfermeiras de Santa Catarina, bem como, analisar se há maior percepção de autonomia com o uso das mesmas. Trata-se de uma pesquisa mista, explanatória sequencial (notação QUAN-qual), oriunda de um projeto multicêntrico nacional com fomento do CNPQ. Realizada com 386 enfermeiras de SC, de 16/06/2021 a 15/10/2021, a etapa quantitativa foi transversal, por meio de questionário virtual. Os dados foram analisados no software SPSS® 26.0, de forma descritiva e a associação entre as variáveis foi verificada pelo Teste de Qui-quadrado de Pearson, considerando significativo um p-valor <0,05 no teste bicaudal. A etapa qualitativa foi realizada de 01/11/2021 a 20/12/2021 por meio de entrevistas virtuais semiestruturadas e construção de narrativas com 18 enfermeiras(os) com formação em práticas integrativas, selecionadas por sorteio. A análise foi participativa com as devolutivas das narrativas. A integração ocorreu por conexão. Os preceitos éticos foram seguidos. A maioria, 53,5% utilizam as PICS na sua rotina de trabalho. A APS foi o local com maior prevalência de atuação com PICS, com 51,4%, seguida de 17,4% clínicas ou consultório privado, 7,2%  atendimento itinerante/ domiciliar, 7,2% ambulatório, 5,1% uso pessoal ou em familiares e amigos, 2,9% internação em hospital público, 2,9% docência, 1,4% centro de atenção psicossocial, 1,4% telessaúde/atendimento on-line e o restante, internação em hospital privado, centro de reabilitação física, escola, hospital filantrópico, gestão e vigilância epidemiológica com 0,7% cada. A atuação na APS teve associação significativa com maior percepção de autonomia (p <0,001). 88% das enfermeiras possuem percepção de maior autonomia ao utilizar as práticas, relatando inserção na consulta de enfermagem, sendo positivas ao aliar-se aos conhecimentos da profissão, sendo que proporcionam resolutividade e uma percepção distinta sobre o fazer saúde. A pesquisa compõe as evidências científicas como um perfil inédito em SC. Considerando que a enfermagem é pioneira nas PICS e possui uma formação alinhada aos seus princípios, a autonomia profissional das enfermeiras, favorecida com o uso das PICS, é um aspecto que merece atenção em investigações futuras e debates acerca de regulamentações e protocolos de atuação da classe, favorecendo o cuidado de enfermagem nos diversos contextos e territórios, pautada primeiramente em uma formação qualificada.

  • Keywords
  • Autonomia Profissional, Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Terapias Complementares, Medicina Tradicional, Medicina Integrativa, Atenção Primária à Saúde, Saúde Pública.
  • Subject Area
  • EIXO 2 – Trabalho
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