O presente resumo tem como objetivo compreender que na atual conjuntara da sociedade existem diversos meios de captura e produção de subjetividade. Pensando na luta das pessoas com sexualidade “diferente” que deveriam ter o direito a escolha garantida, evocamos as óticas de Guattari e Deleuze para redefinir linhas de fuga das lógicas das ideias heteronormativas. Na atual conjuntura, o preconceito vem causando algumas formas de capturas implícitas e explícitas desses indivíduos, buscando anular e produzir a própria vida, para essa reflexão assumimos uma postura ética e clínica pautados na biopolítica. Ao observarmos a produção da loucura como normativa de uma expressão homogênea da vivência corporal, incluímos aqui pessoas LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais), entendendo a violência viabilizada a esse público.
A captura da subjetividade das pessoas LGBTQIAP+ envolve não apenas sua marginalização e medicalização, mas também a imposição de padrões e valores heteronormativos e cisnormativos, fortalecendo assim a supremacia da heterossexualidade e da cisgeneridade na sociedade. Essa imposição coercitiva de padrões normativos contribuí para a alienação e o sofrimento das pessoas LGBTQIAP+, além de reforçar a discriminação e o estigma social contra elas.
Com isso, a psicologia moderna tem trabalhado para despatologizar a diversidade sexual e de gênero, reconhecendo que ser LGBTQIAP+ não é uma doença mental. Esse movimento é crucial para promover o enfrentamento da estigmatização e a discriminação contra pessoas LGBTQIAP+ e para promover uma compreensão mais inclusiva e respeitosa da diversidade humana, promovendo um rompimento de tal captura. Com isso temos nos interrogado qual psicologia é possível na discussão dessa pauta.