Apresentação: no cuidado a pacientes oncológicos e paliativos, o enfermeiro deve ir além do ambulatorial, é necessário ampliar o olhar clínico, afim de identificar as necessidades psicoespirituais que contribuem para a humanização do tratamento. Considerando que estas enfermidades terminais, especialmente os variados tipos de câncer, fragilizam o ser em seu estado físico e mental. Este resumo tem como objetivo analisar, por meio da literatura, como o profissional de enfermagem pode inserir o cuidado das necessidades espirituais afetadas no paciente paliativo. Desenvolvimento: trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de caráter qualitativo, realizada no mês de maio de 2024, nas bases de dados Lilacs, BVS e SciELO. Nas buscas, utilizaram-se os descritores “espiritualidade” AND “cuidados paliativos” AND “enfermagem”, no idioma português brasileiro, publicados nos últimos cinco anos. A amostra final foi constituída por 17 artigos, dos quais foram excluídos estudos que se repetiram nas bases de dados. Foram selecionados para análise três estudos que responderam ao objetivo. Resultados: as necessidades psicoespirituais são compreendidas como importantes fatores de enfrentamento para o paciente, proporcionando compreensão e significado acerca de seu diagnóstico, elevando a qualidade de vida e o equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Está ao alcance da enfermagem promover a saúde psicoespiritual por diversos meios, ressaltando a fé e espiritualidade, aproximando a comunicação com o paciente, proporcionando a ele lugar de fala para que se expresse, inserindo práticas terapêuticas religiosas, além de incluir no processo de enfermagem ações que amenizem angústias, medos e incertezas, sentimentos comuns neste período. Apesar de o profissional estar disposto a vislumbrar as necessidades psicoespirituais, suas práticas profissionais enfrentam um cenário que favorece o modelo biomédico, desfavorecendo o conhecimento acerca da espiritualidade. Outros fatores que atrapalham a iniciativa e dificultam a promoção de uma assistência efetiva e humanizada incluem a alta demanda de pacientes, o tempo para realização das práticas, a falta de preparo para comunicação e inserção, privacidade e preconceitos religiosos. Considerações finais: o enfermeiro é um profissional importante na equipe multidisciplinar para atender as necessidades psicoespirituais, passando mais tempo junto ao paciente, criando proximidades e vínculos que encorajam e auxiliam tanto o enfermo quanto seus familiares. Ao abranger a totalidade do ser com um olhar holístico, o enfermeiro humaniza o cuidado, ofertando bem-estar físico, mental e social.