Introdução: O envelhecimento é um processo biológico natural e irreversível, consequente ao desenvolvimento humano. Não é de hoje que o ser humano busca entender os mecanismos fisiológicos envolvidos nesse processo, visando não apenas a prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, mas também a promoção da saúde e longevidade. Para tal, o uso de modelos alternativos em estudos do envelhecimento tem se mostrado uma abordagem promissora, dentre as quais podemos destacar o uso de Drosophila melanogaster, como modelo experimental. Objetivo: Investigar, por meio de revisão da literatura, a utilização de Drosophila melanogaster como modelo de experimentação alternativo em estudos sobre o envelhecimento. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura a partir da base de dados PubMed, contemplando publicações dos últimos 5 anos, utilizando os termos ‘Drosophila melanogaster’ e ‘aging’. Os artigos selecionados abordaram o uso de Drosophila melanogaster como organismo modelo em estudo do envelhecimento. Foram excluídos artigos que não contemplassem o uso das moscas como modelo de estudo de envelhecimento. Resultados: Foram encontrados 9 artigos que contemplavam os objetivos propostos. Dentre os motivos para sua utilização, encontram-se o curto ciclo de vida, de cerca de 60 a 90 dias, dependendo da linhagem, que permite a avaliação de todas as fases do desenvolvimento, até a fase idosa. Além disso, as moscas possuem 75% de genes homólogos aos seres humanos, o possibilita avaliar diversas doenças humanas, incluindo as relacionadas ao processo de envelhecimento. Portanto, mesmo sendo um modelo experimental alternativo, é possível realizar uma variedade de ensaios como avaliação da longevidade, testes comportamentais, como de locomoção, aprendizado, memória e equilíbrio. Também é possível, observar alterações fisiológicas e neuroquímicas, para avaliar inúmeros fatores relacionados ao processo de envelhecimento. Considerações finais: A utilização de Drosophila melanogaster como modelo animal em estudos do envelhecimento tem se mostrado amplamente eficiente. Devido ao modelo apresentar características comportamentais, fisiológicas e neuroquímicas bem definidas na literatura, é possível avaliar uma ampla gama de aspectos fisiológicos e comportamentais, esse modelo torna-se muito promissor na compreensão dos mecanismos do envelhecimento. Através dessa abordagem, podemos não apenas identificar genes e vias metabólicas relevantes, mas também desenvolver intervenções terapêuticas e estratégias de promoção da saúde que possam ser aplicadas na prática clínica, beneficiando diretamente a qualidade de vida das pessoas na terceira idade.
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