Acompanhamento pré natal facilitado por estudantes de medicina: um relato de experiência

  • Author
  • Thainá Magalhães Portugal Leal Petrucci
  • Co-authors
  • Maria Eduarda Diniz Bezerra , Lucas Eduardo Faustino da Nóbrega Tavares , Denise Mota Araripe Pereira Fernandes , Victor Menezes Dutra , Maria Eduarda Sarmento Lucena , Maria Luisa Mendes Abrantes
  • Abstract
  • Apresentação: A gravidez é um processo natural que abrange uma série de adaptações no corpo da mulher desde o momento da fertilização até o parto, sendo um período regado a inúmeras mudanças no organismo da mulher. Afetando o domínio físico e psicológico. As consultas de pré-natal tem por objetivo assegurar uma gestação com desenvolvimento saudável, visando o bem-estar materno-fetal, incluindo aspectos psicossociais. O mesmo deve contar com no mínimo seis consultas e, de preferência, iniciando ainda no primeiro trimestre. Uma vez que a Unidade Básica de Saúde (UBS) é a principal porta de entrada para o Sistema de Único de Saúde, é pertinente que nesta espaço a gestante se sinta segura e acolhida para o seguimento gestacional. O pré-natal de risco habitual na UBS pode proporcionar um acompanhamento longitudinal e continuado eficaz. 

    Desenvolvimento do trabalho: Este trabalho trata-se de um estudo qualitativo descritivo, no formato de relato de experiência. O desenvolvimento das atividades que embasaram o presente ocorreu nos meses de março a maio na cidade de João Pessoa - Paraíba, na UBS, com a presença da médica e estudantes de medicina do 7° período da Afya Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Tendo iniciado o acompanhamento de uma gestante na época com 34 semanas até às 40 semanas. 

    Resultados: A Política Nacional de Humanização (PNH) está em vigor desde 2003 e visa que a humanização é a valorização dos usuários do sistema, uma vez que através dela podem obter uma maior autonomia e possibilita a criação de vínculos. Os atendimentos à paciente de 41 anos iniciou-se, com os alunos, na 34ª semana onde foi relatado um histórico de duas gestações anteriores que culminaram em partos prematuros. A mesma queixava-se de contrações dolorosas, diante disto e seu histórico, recomendou-se repouso e um acompanhamento semanal. Com 36 semanas, e sem relato de contrações, foi identificado através do teste de tolerância oral à glicose que a mesma encontrava-se com Diabetes Gestacional (DG) sendo encaminhada ao serviço especializado. No entanto, permanecia vindo à Unidade toda semana devido ao vínculo criado. Com quarenta semanas a ginecologista a encaminhou para maternidade afim de induzir o parto, porém a paciente optou por ir à UBS relatando que não conseguia confiar em uma médica e que gostaria da opinião da médica e dos alunos que a acompanharam até ali. Foi feita uma avaliação física, com resultados satisfatórios em relação à idade gestacional. Sendo encaminhada ao serviço de referência para que um especialista avaliasse a necessidade de indução do parto, uma vez que possui DG e já está na 40ª semana de gestação. Além disso, suas dúvidas foram esclarecidas e realizado o acolhimento adequado.

    Conclusão: A experiência narrada ressalta a importância da humanização e da autonomia da paciente no processo de pré-natal e parto. Através do acompanhamento longitudinal na UBS, foi possível estabelecer um vínculo de confiança, permitindo que ela se sentisse confortável em expressar suas preocupações e preferências. Esse ambiente propiciou não apenas um cuidado técnico adequado, mas também um acolhimento emocional, essencial para o bem-estar materno-fetal.

  • Keywords
  • pré natal, atendimento humanizado, atenção primária
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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